sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Galeria de fotos - Tarifa Social

Militância do PSOL no ato pela Tarifa Social - líderes de bairro, juventude, parlamentares, militantes e simpatizantes

Rafael Moya



População organizada


Líderes de bairro



Juventude




Paulo Búfalo, vereador do PSOL

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Balanço 2007 - Blog Juventude

Atenção: desbloqueie seu controlador de pop-ups para votar na enquete

Os militantes do PSOL agradecem a todos os visitantes e colaboradores do blog por mais este incentivo na comunicação dos setores de esquerda. Estamos aqui, à disposição, para receber críticas construtivas na melhoria do blog juventude.

Balanço histórico e resultados
O blog começou tímido com poucas visitas e "malémá" as dos nossos próprios companheiros de luta. No entanto, com os esforços da militância campineira conseguimos engatar o veículo e, atualmente, temos uma freqüência de visitas considerável de todo o país e do mundo.

Internautas de países como EUA, Espanha e França visitam-nos todos os dias. Da América Latina, já recebemos bastante argentinos, alguns chilenos e mexicanos.
Do Brasil, a região Sul nos contempla a honra da sua graça, o Nordeste também; do Sudeste, recebemos bastante cariocas e, ultimamente, os mineiros nos descobriram; do nosso estado (SP), muitas cidades como a capital, São Caetano do Sul, Osasco, Guarulhos e as cidades da Região Metropolitana de Campinas e a própria Campinas também nos prestigiaram. O companheiro de Poá também nos procurou para obter material, perguntar do ato e manifestar sua opinião, nossas saudações.
Gostaríamos de enfatizar e agradecer a presença dos internautas de Rio de Janeiro, Goiânia, Belo Horizonte e Porto Alegre que foram as cidades não-paulistas com os maiores índices de freqüência.

A idéia inicial do blog era que os informes estendessem-se à atuação de toda a juventude psolesa, não importando a cidade (como o caso de Poá, por exemplo). Porém vimos que, antes, precisávamos nos organizar como geradores de conteúdo (quem sabe, entende: não é fácil manter um dinamismo com tantas atividades paralelas) e fortalecer a inserção do blog no meio virtual. Creio que este último objetivo foi atendido.
Ainda precisamos avançar muito na publicação e geração de postagens do blog, mas
estamos certos de que a experiência foi boa. Conseguimos, é claro, manter alguns informes da ocupação da faculdade de Guarulhos, em Santo André; da Flaskô, em Sumaré; no entanto, bastante incipientes. Outra novidade foi notícias do blog serem publicadas no site da estadual.
Pedimos muito a vocês, visitantes, que nos critiquem, dêem sugestões, ofereçam pautas, estamos abertos a todos os pitacos possíveis.

Militância
O objetivo deste blog é, além de comunicar as atividades da militância, informar a todos os psoleses e não-psoleses das nossas experiências e atividades de luta. Espero que o balanço da atuação de nossos militantes tenha ficado claro e que as pessoas possam contribuir, cada um com sua experiência e realidade, para a construção e o fortalecimento do nosso partido.

2008 - Site/portal Juventude
Dada a primeira experiência, vimos que é importante avançarmos e fortalecer o veículo. Gostaria de convidar as juventudes do PSOL que estão espalhadas pelo país a publicarem notas de suas atividades militantes aqui.
Não queremos ficar restrito aos informes campineiros, ainda que isto seja importante também. Este é o primeiro passo: tentar uma unificação da comunicação da juventude para depois avançarmos para um site e/ou um portal.
Basta mandar um email para Ana Clara e/ou Élcio (os contatos estão ao lado) que publicaremos as notícias da juventude.
Esta é a nossa proposta, esperamos com a colaboração de todos vocês. Lembrando que o blog está com uma enquete em janela pop-up, quem tiver bloqueador, por favor, desbloqueie e faça reload na página para nos prestigiar com a sua crítica -- é possível votar em mais de uma opção.

Bom Natal e Ano Novo a todos os militantes do PSOL, aos potenciais militantes e a todos que estão engajados na causa. E a luta não pára!

Intensivão do GEMA em janeiro

Para as pessoas que não puderam comparecer aos encontros do GEMA (Grupo de Estudos Marxistas) e pretender participar do grupo ao longo do ano, nós organizamos um intensivão nos dias 29 e 30 de janeiro, às 19hs.
Os textos do primeiro dia serão "O manifesto comunista" de Marx e "A doutrina marxista" de Lenin; do segundo dia "Introdução ao Capital" de Alex Callinicus.
Ressalto que o grupo ainda está aberto para inscrições, portanto quem se interessar por este espaço, pode nos procurar.
O intensivão também tem por objetivo introduzir o tema para os iniciantes em estudos políticos, sendo assim todos estão convidados a participarem do GEMA. O grupo não é fechado a militantes do partido -- ainda que seja liderado por eles -- pessoas interessadas no assunto também podem participar. Basta procurar por Élcio ou Ana Clara (os contatos estão ao lado) que encaminharemos os textos via-email ou, se não tiverem meios, entregamos os textos impressos.

Ato pela Tarifa Social é vitorioso!

70 pessoas conseguiram seu direito sem burocracia e as portas foram abertas

Na última quinta-feira, a militância do PSOL -- em parceria com o MTST -- organizou a população para reivindicar os direitos pela Tarifa Social, em frente à sede da CPFL, em Campinas.
O ato iniciou-se às 10h30 e estendeu-se até às 14hs. A principal reivindicação passava pela desburocratização no cumprimento da Lei federal que garante desconto na conta de energia às famílias de baixa renda.
Cinco ônibus com moradores de bairro, militantes de outros partidos, representantes de sindicatos, das fábricas ocupadas, parlamentares municipais, carros de som, faixas, discursos e protestos marcaram a organização da classe trabalhadora na luta pelos seus direitos. Uma comissão reuniu-se com os representantes da empresa, enquanto a população esclarecia aos passantes o que estava acontecendo.
Modelos de auto-declaração (único documento exigido para ganhar a tarifa) foram distribuídos; a luta contra as privatizações, o lucro das empresas privadas, o preço abusivo da taxa de energia, a retirada de direito dos trabalhadores também estavam em pauta.
Após muita conversa lá dentro e muito barulho lá fora, a notícia veio: a CPFL se dispôs a fornecer o desconto das famílias, a mudar o texto do site, a reorientar o callcenter e todos os funcionários para que a parafernália burocrática que eles exigiam (NIS, comprovante de renda, vínculo com programa social do governo, documento de todos os membros da família etc etc) não seja mais necessária na aplicação do direito à tarifa. Outros pontos serão discutidos em reunião semana que vem.
A população venceu, organizou-se e fez-se ouvir. A militância do PSOL/Campinas contribuiu para mais esta demonstração de força da classe trabalhadora organizada. Eis o nosso partido!

quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Encontro Municipal de Direitos Humanos

Sábado acontece o I Encontro Municipal de Direitos Humanos

Acontecerá neste sábado, dia 15, o I Encontro Municipal de Direitos Humanos "Segurança Pública, Cidadania e Direitos Humanos" com representantes do Prefeito Municipal, da Câmara e da rede de entidades. Ainda haverá um debate sobre segurança pública, cidadania e direitos humanos com representantes do CONDEPE (Conselho de Defesa da Pessoa Humana do Estado de São Paulo), do Movimento Nacional de Direitos Humanos (MNDH), do Ministério Público do Estado, da Defensoria Pública do Estado, da Polícia Civil de SP, da Polícia Militar de SP e da Guarda Municipal.

Após o debate, serão feitas reuniões em grupos com socialização dos relatos para que, logo em seguida, sejam votadas propostas. Com o apoio da vereadora Marcela Moreira (PSOL) - membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o encontro pretende discutir políticas públicas para o município. "Precisamos ter um olhar mais atento e lutar pela rearticulação de um Fórum Municipal de Direitos Humanos na cidade, enquanto instância municipal e mecanismo autônomo e independente do governo", ela declarou.

O Encontro acontecerá no Plenário da Câmara Municipal, localizado na rua Roberto Mange, 66, a partir das 13 horas.


Mais informações:
Gabinete da vereadora Marcela Moreira (PSOL)
Tel.: 3736-1690
www.marcelamoreirapsol.com.br
imprensa@marcelamoreirapsol.com.br

MANIFESTAÇÃO PÚBLICA EM APOIO A DOM CÁPPIO

MANIFESTAÇÃO PÚBLICA EM APOIO A DOM CÁPPIO
Quarta-feira, às 16 horas na Praça da Sé (em frente à Catedral)

Dia 12/12 (qarta-feira)
Horário : 16:00 hs
Local: Praça da Sé (em frente à Catedral)
Vamos usar uma peça de roupa azul para dar unidade ao ato.


A juventude do PSOL estará presente!

Nesta quarta feira a juventude do PSOL participará de ato contra a transposição do Rio São Francisco e em solidariedade a D. Cappio na Praça da Sé em São Paulo.
O objetivo da transposição do Rio São Francisco é atender os interesses a velha oligarquia e descendentes dos coronéis nordestinos, apadrinhados de Ciro Gomes e família.
A oposição a esta obra também se motiva pelo desgaste e destruição que trará para o Velho Chico. O rio já sofre com a retirada de recurso hídrico para irrigação de latifúndios, principalmente nos seus afluentes do norte de Minas e no oeste baiano. Também sofre com as inúmeras barragens e a destruição de sua mata ciliar.
Os resultados destas obras e da transposição são a diminuição da fauna fluvial, da vazão do rio e da profundidade, tornando o cada vez mais raso, principalmente próximo da sua foz.


Ivan Valente visita Frei Cappio e critica obra do governo

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) esteve em Sobradinho, na Bahia, a cerca de 550 quilômetros de Salvador, em visita de solidariedade a Dom Luiz Flávio Cappio, bispo da Diocese de Barra. Nesta terça-feira (11), Frei Cappio entrou em seu 15º dia de greve de fome em protesto contra as obras da transposição do Rio São Francisco.

A visita de Ivan Valente acontece no dia seguinte ao Tribunal Regional Federal (TRF) de Brasília ter concedido liminar suspendendo as obras da transposição. O jejum do bispo, no entanto, deve continuar até que as tropas do Exército responsáveis pelas obras em Cabrobó e Alta Flores, no interior de Pernambuco, sejam retiradas em definitivo.

No último domingo, cerca de seis mil pessoas participaram de um ato ecumênico em Sobradinho em apoio a Frei Cappio. Participaram pessoas de nove estados brasileiros. Enquanto isso, o governo federal critica a manifestação do religioso. Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, o ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, chama Frei Cappio de fundamentalista e “inimigo número 1 da democracia”.

Na opinião do deputado Ivan Valente, é urgente que o governo paralise imediatamente as obras da transposição e abra diálogo com a sociedade brasileira em torno de alternativas para a democratização do acesso á água.

“Todos sabem a quem interessa essa transposição. Trata-se de uma obra baseada num modelo que prioriza o agronegócio em detrimento da agricultura familiar, e que aponta para ações de privatização e mercantilização da água, um direito humano fundamental que precisa ser garantido à população do Semi-Árido. E não é com a transposição que serão criadas as condições de acesso à água por parte dos camponeses mais necessitados. A obra beneficiará apenas os grandes empresários do nordeste, fornecendo a eles água subsidiada pelo governo”, afirma o parlamentar.

”Como diz Frei Cappio, foram construídos 70 mil açudes no Semi-Árido, com capacidade para 36 bilhões de metros cúbicos de água. O que faltam são as adutoras e canais que levem essa água a quem precisa. As obras do Atlas do Nordeste e as iniciativas da Articulação do Semi-árido podem beneficiar 42 milhões de nordestinos, quase quatro vezes mais que os 12 milhões alardeados pelo marketing do governo. Isso, no entanto, segue escondido da população brasileira”, criticou Ivan Valente.

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

MST: A luta continua!

MST ocupa novamente área do Acampamento Elisabete Teixeira

Nesta manhã cerca de 600 militantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) retomaram a ocupação do Horto Tatu, na cidade de Limeira, local onde o Acampamento Elisabete Teixeira sofreu reintegração de posse, que entrou para história como a mais violenta desde a chacina de Eldorado dos Carajás.
Conforme foi comprovado por diferentes documentos, a área que pertencia a Rede Ferroviária foi doada a União e, portanto, a reintegração de posse feriu diversos quesitos dos direitos humanos e foi irregular porque a área não pertence a Prefeitura.

Truculência da Guarda Municipal
Os militantes encontraram desde início da manhã uma forte truculência da Guarda Municipal de Limeira, que alega erroneamente que a área pertence a prefeitura. Eles inclusive proibiram o direito a manifestação política, censurando o uso de caminhões de som no local. A Polícia Militar não interviu, porque sabe que a área é da União.
No entanto, os militantes conseguiram ocupar a área e agora retomam a construção do Acampamento Elisabete Teixeira. Perante a pressão política do movimento, o INCRA teve que assumir que área será destinada para fins de Reforma Agrária.

PSOL presente!
Diversos militantes socialistas acompanham a manifestação, entre eles: os vereadores de Campinas Marcela Moreira e Paulo Bufalo e o Presidente Estadual do PSOL Miguel Carvalho.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

PSOL Campinas apóia ocupação do MST na Syngenta

Militantes do partido estavam presentes na ocupação feita hoje pelo MST na fábrica Syngenta, em Paulínia

O ato faz parte da jornada de lutas em reação à atitude violenta da Syngenta contra o companheiro Keno, que foi morto pela milícia armada da fábrica, no Paraná.
Às 8hs da manhã, os integrantes do movimento ocuparam a fábrica e obtiveram o apoio dos trabalhadores presentes. Ao longo do dia, a imprensa e a polícia estiveram no local. O PSOL, PSTU, MTST, Sindicato dos químicos, dos metalúrgicos e a Intersindical também estavam presentes para apoiar os companheiros nesta luta.

Paralisação
Toda a produção foi parada e as máquinas desligadas. A organização do movimento dialogou com os trabalhadores presentes e as caldeiras -- que não podem ser desligadas de imediato -- foram desativadas responsavelmente.

Organização
Durante toda a ocupação, os integrantes mantiveram a organização e a coerência da luta. Todos respeitaram os limites impostos pelos líderes, faixas com os dizeres dos motivos da ocupação foram espalhadas por toda a fábrica e uma mística para lembrar a morte do companheiro Keno foi realizada: "Ao companheiro Keno, nenhum minuto de silêncio, mas sim uma vida inteira de luta".
O grupo de ocupação foi formado por aproximadamente 500 militantes, três assembléias foram realizadas e as discussões divididas pelas regionais.

Desocupação
Em assembléia, os líderes do movimento sem-terra decidiram desocupar a fábrica por volta das 16hs. Segundo eles, o objetivo político já havia sido alcançado. A desocupação foi feita de forma pacífica: os militantes entoaram o hino do movimento e todos saíram em marcha atrás da bandeira do MST e da Via Campesina.

Os militantes do PSOL/Campinas acompanharam e apoiaram a ocupação até o fim e deixaram claro seu apoio às lutas do MST. Afinal, "na luta por justiça, somos todos companheiros".

Eleito o primeiro diretório municipal do PSOL no estado de São Paulo

O PSOL realizou no dia 09 de dezembro, o seu primeiro encontro municipal, na Câmara Municipal de São Bernardo do Campo. Participaram do encontro cerca de 200 trabalhadores (121 delegados eleitos na proporção de três por um) e demais filiados convidados.

De Agnus Lauriano

Por unanimidade foi eleito o diretório municipal, que será composto por 27 filiados, dentre os quais, terá uma executiva de 13 membros, entre os quais elegeram os ex-veradores Aldo Santos e Melão Monteiro como presidente e vice-presidente respectivamente.

Além de várias propostas para um programa de ação e de governo, foi aprovada uma comissão de sistematização para apresentar um documento base para orientação do partido na cidade. Foi ainda aprovado a criação de uma coordenação política das cidades do ABCDRMR e capital para tratar de assuntos e propostas comuns á região.

Com apenas seis abstenções foi aprovado o nome de Aldo Santos como pré-candidato a Prefeito pelo PSOL em São Bernardo. Foi também entregue Diretório eleito uma relação de postulantes a pré-candidaturas proporcionais na cidade (aproximadamente 35).

Finalmente ocorreu o ato político de apoio à indicação de Aldo Santos a prefeito pelo PSOL, que contou com a participação de Horácio Neto, vereador e pré-candidato a prefeito em SCS, Ricardo Alvarez, pré-candidato a prefeito em Santo André, lideranças de Mauá, Diadema, deputado federal Ivan Valente, Miguel Carvalho, Presidente Estadual do PSOL, representantes do PSTU e dezenas de entidades.

domingo, 9 de dezembro de 2007

Caminhada em memória ao Elesbão marca as ruas do Centro



“Era um sonho dantesco... o tombadilho que das luzernas avermelha o brilho. Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar de açoite... Legiões de homens negros como a noite”, trecho do poema ‘O Navio Negreiro’, Castro Alves

Na manhã deste sábado, dia 8, foi realizada a 2ª Caminhada da Dignidade “Elesbão Vive”. Marcada para começar na Praça Bento Quirino, a atividade contou com a apresentação da Bateria Pública da Unicamp e representantes de outros movimentos, como o Jongo do Dito Ribeiro, o grupo Identidade, o Instituto Cultural Elesbão, entre outros. Cerca de cem pessoas caminharam pelas ruas Sacramento, Marechal Deodoro, Major Sólon, Doutor Quirino até o Largo Santa Cruz (Praça XV de Novembro), local onde Elesbão foi enforcado e esquartejado.

O ato foi idealizado pelo pesquisador do Movimento Negro, Valdir Oliveira e apoiado pela vereadora Marcela Moreira (PSOL). De acordo com Valdir, Campinas não obedecia às Leis Imperiais e aplicava sentenças que, até então, eram proibidas, como o esquartejamento. Oficialmente, Campinas foi a última cidade a abolir a escravidão e o município mais violento. Tanto que, como castigo, os senhores enviavam seus escravos para cá. “Precisamos incentivar atos em memória a esse homem que foi julgado injustamente e de maneira cruel que, hoje, é um símbolo de resistência negra", afirmou a vereadora Marcela destacando a necessidade de políticas públicas que reconheçam o negro.

O caso

Elesbão foi acusado, sem provas oficiais, de assassinar um capitão do mato que, supostamente, teria abusado de sua companheira. Foragido por quase três anos, Elesbão foi capturado e sentenciado à forca. “Havia três advogados no caso e nenhum deles apresentou atenuantes para o processo”, afirmou o pesquisador. Depois de enforcado, Elesbão ainda teve sua cabeça e suas mãos cortadas. A execução aconteceu no Largo Santa Cruz, localizado no Cambuí.


Camila Marins

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

MST sofre reintegração de posse em Valinhos

Há exatos 8 dias da violenta reintegração de posse do Acampamento Elisabete Teixeira, na cidade vizinha de Limeira, outro juiz da também vizinha Valinhos cede reintegração do Acampamento Comuna da Terra Che Guevara.
A área está localizada na Fazenda Eldorado, uma antiga granja abandonada e irregular perante o IBAMA, com estrutura e potencial para diferentes projetos de reforma agrária: cooperativa, centro de formação etc.
O local fica na estrada que liga Valinhos à Itatiba, próximo a cidade de Valinhos e o apoio de todos é necessário para evitar um novo confronto como o ocorrido em Limeira

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Mudanças no ato de sexta-feira, em São Paulo

Houve mudanças no ato de sexta-feira contra a repressão aos movimentos sociais.
O ato será ampliado e não se resumirá ao movimento estudantil.

Novo Local: Teatro Municipal de São Paulo

No local haverá intervenções artísticas nas ruas e no trânsito.

Ainda às 17 horas

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

"Bar ruim é lindo, bicho"

De Antonio Prata
Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem).
No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história.
Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar "amigos" do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura. "Ô Betão, traz mais uma pra gente", eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil.
Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins,que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol, a gente bate uma punheta ali mesmo.
Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse. O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV.
Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevete e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.
Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo. Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato.
Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se fodem, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão brasileira, tão raiz.
Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil! Ainda mais porque a cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que agente gosta, os pobres estão todos de chinelo Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gateau pelos quatro cantos do globo.
Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda, como eu que, por questões ideológicas, preferem frango a passarinho e carne de sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca mas é como se diz lá no nordeste e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o nordeste é muito mais autêntico que o sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é mais assim Câmara Cascudo, saca?). - Ô Betão, vê um cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

Ato contra a repressão dos movimentos sociais

Sexta-feira, dia 7 de dezembro, às 17hs, haverá um ato contra a repressão aos movimentos estudantil, popular e social. É um ato unificado entre universidades e movimentos sociais. Democratização de comunicação entrou na pauta do ato também.
A concentração será no Lgo. São Francisco e haverá uma caminhada até a Secretaria de Segurança Pública (que é bem perto).
Aguardamos todos vocês.
Qualquer dúvida, falar com Erikka: celular 9167 0967

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

PSOL vence eleições no DCE da USP

A chapa "Vez e Voz" do partido obteve 40% dos votos, em segundo lugar ficou o PSTU com 33%

Terminou na última quinta as eleições para a diretoria do DCE da USP. A chapa Vez e Voz obteve 3166 votos, 40% do total, e estará a frente do DCE na gestão 07/08.
Veja os resultados.
Vez e Voz (contraponto, romper o dia, domínio público,barricadas, a hora é essa e independentes) 3166 - 40%
Nada será como antes (PSTU e independentes)2631 - 33%
Na falta de céu ninguém vooa (PT e "adeus lenin" )1318 - 16%
Novos Rumos (PC do B e MR-8)263 - 3%
América: território livre (negação da negação)203 - 2,5%
AJR - reconstruir o DCE pela base (PCO) 41 - 0,5%
Brancos e nulos 227 - 2,5%
Fonte: site Ivan Valente

MST não se rende à violência do Estado

“Podem me prender
Podem me bater
Podem, até deixar-me sem comer
Que eu não mudo de opinião”
Zé Keti



Na sexta-feira, dia 30/11/2007, um dia após a mais violenta reintergração de posse enfrentada pelo MST no Estado de São Paulo, ocorrida na cidade de Limeira, o movimento demonstrou que não se entrega à violência do Estado e praticou mais uma ocupação na nossa região.
Cerca de 150 famílias sem terras ocuparam uma área com cerca de 250 ha na cidade de Valinhos, que está abandonada, é improdutiva e está com um embargo no IBAMA.
Diversos militantes do PSOL e da esquerda da região estiveram apoiando a atividade e a luta dos companheiros sem terra.
A área ocupada faz parte do Projeto de Comuna da Terra Che Guevara e objetiva assentar famílias dentro do modo de produção de forma coletiva ou cooperada e agroecológioca (sem agrotóxicos). A área também poderá servir de escola de formação para pequenos agricultores sem terra, assentados ou mesmo produtores da Agricultura Familiar.
Como diz a palavra de ordem do próprio MST: "Enquanto o Governo quer guerra, nós queremos terra!". A Reforma Agrária é uma necessidade para destruir a brutal desigualdade social de nosso país. Portanto, mesmo abaixo de paus, pedras, bombas e balas, continuaremos firme nesta luta!
Este exemplo do MST tem que ser levado para todos os espaços de luta dos trabalhadores e da juventude.