quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Os adversários da reforma agrária

Os adversários da reforma agrária seguem a teoria do Dr. Goebbels: a mentira repetida muitas vezes torna-se sendo considerada verdade.
Já não sei quantas vezes refutei artigos como o do engenheiro Carlos Alberto Noris Junqueira, estampado no jornal Correio Popular, a fim de evitar que adquirissem foro de verdade, a repetição das mesmas falácias e inverdades contidos no artigo em questão.

Vamos primeiramente às falácias.

Os adversários da reforma agrária afirmam que as mudanças havidas no mundo inviabilizaram a reforma e a pequena propriedade, porque exigem unidades que produzem em alta escala e com técnicas altamente produtivas, sendo um contra-senso usar terras para produção de subsistência quando alimentos podem ser importados. Falácia.

Na verdade, a reforma agrária e o desenvolvimento da pequena agricultura tornaram-se, com as transformações havidas no mundo da economia, mais necessárias do que nunca. A nova economia não cria empregos suficientes para dar emprego a toda força de trabalho brasileira. Conseqüentemente, os milhões de famílias pobres do campo não podem emigrar para as cidades, pois estas não oferecem mais empregos urbanos como no passado. Por outro lado, não podem empregar as técnicas agrícolas do agronegócio porque são caras e envolvem riscos que o pequeno produtor não pode correr sob pena de perder sua terra.

A única maneira de solucionar humanamente esse problema é realizar uma reforma agrária para reduzir drasticamente o número de sem-terras e desenvolver a agricultura camponesa, baseada na produção de subsistência com excedentes comercializáveis e tecnologias que preservem a natureza.

Isto posto, pode-se passar à refutação das inverdades.

Não é verdade que o aluguel ou a venda dos lotes adquiridos seja a regra entre os beneficiários da reforma agrária. Pelo contrário, a porcentagem dos que assim agem não é expressiva e, no mais das vezes, determinada pelo descaso do governo na provisão de meios para que possam explorar a terra conquistada.

Finalmente, é preciso denunciar esse anticomunismo ultrapassado, típico do período da Guerra Fria, que consiste em insinuar que o MST é um movimento político voltado para a derrubada do regime social. Esse argumento já está mais do que gasto: O MST proclama pública e abertamente que é um movimento socialista e que, conseqüentemente, quer mesmo derrubar o regime. Só que pretende fazê-lo democraticamente, como tem dado várias provas durante sua existência.

Finalmente, uma palavra sobre a alegada incongruência entre a atitude da vereadora Marcela Moreira, apoiando a ocupação e criticando o dano provocado por alguém em seu automóvel, durante o processo de despejo dos sem-terra.

Não há obviamente incongruência alguma: uma coisa é apoiar um movimento de conquista de uma terra que, sendo de propriedade da Rede Ferroviária Federal, e não tendo mais utilidade para esta, destina-se constitucionalmente à reforma agrária; outra, muito diferente, é danificar um automóvel para manifestar o desagrado com a atitude da brava parlamentar. Num caso, temos o exercício consciencioso do mandato popular; no outro, um delito.

Por último, a tentativa de jogar o contribuinte campineiro contra a vereadora é inaceitável em um artigo que pretende ter ares de uma discussão objetiva, porque o argumento nada tem a ver com o objeto da discussão.


Plínio de Arruda Sampaio, é presidente da Abra (Associação Brasileira de Reforma Agrária)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Militância na 13 de maio -- uma boa experiência


Para quem não conhece, a rua 13 de maio, em Campinas, é o trecho mais movimentado do centro da cidade. Na verdade, ela consiste um calçadão de pedestres comprido onde concentra-se boa parte do comércio popular e, em suas viscinais, os camelôs.


Durante o ano de 2007, os militantes do PSOL marcaram presença com barraquinhas, panfletos, abaixo-assinados, conscientização, votação do plebiscito e outras tantas atividades todos os sábados pela manhã e ganharam o seu espaço e reconhecimento.




Muitas lutas reivindicatórias (mais creches, melhores escolas, anulação do leilão da Vale, tarifa social, passe-livre etc) tiveram a colaboração e o coro dos transeuntes da 13 de maio.
No começo, a população desconfiava de nossa atuação acreditando ser mais uma panfletagem eleitoreira. No entanto, com a persistência, a conscientização e o diálogo franco e direto com as pessoas, pudemos demonstrar qual era (e continua sendo) nosso real objetivo: construção do poder popular, luta pelo direito dos trabalhadores, conscientização da participação política rumo à revolução e o debate sobre a organização de uma nova sociedade.


Atualmente, quando -- por algum motivo de força maior -- não aparecemos na 13 de maio ao sábado, a população nos procura e pergunta o que aconteceu. Quando estamos lá, alguns páram e perguntam: "qual a luta de hoje?" e se oferecem para assinar o abaixo-assinado.



Trata-se de uma experiência de atuação militante satisfatória e com rápida repercussão e assimilação das pessoas. Muitas pautas de lutas nacionais foram travadas nesta barraquinha e conseguiram alcançar bons resultados. Vide plebiscito da Vale no qual a 13 de maio obteve o maior número de votantes de Campinas.
O PSOL-Campinas gostaria de compartilhar esta atuação com vocês e convidá-los a fazer em suas cidades, se possível. Adiantamos que é difícil, requer bastante persistência, mas com o tempo os resultados começam a aparecer e até novos militantes começam a nos procurar.

Na luta sempre, companheiros.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Galeria de Fotos - Militantes de Poá


Companheiros de Poá em uma caminhada, dia 02/12/07, no Bairro de Guaianazes, em São Paulo. Quando estiveram presentes Heloisa Helena, Ivan Valente, presidente estadual, Miguel, vereador de São Caetano e Inês Paez, vereadora de Mogi das Cruzes.




terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Questão sobre o plebiscito da Vale na Fuvest

Segue abaixo a questão número seis, de Geografia, que caiu na segunda fase do vestibular mais importante do país.

Q.06
Em setembro de 2007, aconteceram passeatas, em diversas cidades do País, como forma de protesto contra a privatização da Vale (Companhia Vale do Rio Doce, antiga CVRD).

a) Caracterize o contexto político-econômico mundial e nacional em que se deu a privatização da Vale.

b) Outros movimentos pró-reestatização de empresas públicas que foram privatizadas têm ocorrido na América Latina. Identifique um país em que isto aconteceu recentemente e explique o fato.


Os militantes saberiam ou não responder de olhos fechados?

Informe partidário: MP vai investigar denúncia feita pelo PSOL/Campinas

Por meio da militante e vereadora Marcela, de Campinas, um inquérito civil foi aberto contra o prefeito municipal, Dr. Hélio dos Santos, do PDT

O prefeito municipal de Campinas publicou, no final do ano passado, um caderno inteiro no jornal O Estado de S. Paulo com formatação e caráter explícito de propaganda da administração. De olho na fiscalização, a militante e vereadora Marcela, juntamente com outros militantes do partido, entrou com um processo no Ministério Público para investigar o caso. O veículo disse em nota que não recebeu nenhum dinheiro da prefeitura. Isto, num certo sentido, pode piorar a situação, pois indica que não houve licitação.
Ademais, o Ministério Público acatou o pedido do PSOL/Campinas e enviou uma carta ontem afirmando sua posição de investigação no caso.
Se a mídia cumprir seu papel de fiscalização do poder, será um golpe difícil para a campanha da direita, pois é uma virada bem interessante ainda mais em ano eleitoral.

Aqui, ali ou acolá: em todos os estados do país, onde a direita dominar, o PSOL vai incomodar.

Este é mais um informe campineiros para todos os psoleses que estão conosco. Aqui estamos na luta e aí?

I Encontro Municipal J-PSOL Manaus

A J-PSOL/Manaus realizará, no dia 25 de Janeiro de 2008 (aniversário de 1 ano de reorganização), seu I ENCONTRO MUNICIPAL, na sede do diretório estadual do PSOL/Amazonas.

Dia 25/01 as 09:30
Local: Rua Luiz Antony Nº 1753 - Aparecida/CENTRO

Programação:
Mesa de Abertura - 10hs

PSOL (história) - 10:10 as 10:40

Educação/ Conjuntura Nacional (As Reformas do Governo Lula). - 10:45 as 11:50

ALMOÇO - 11:50 as 12:50

Politicas Públicas de Juventude PPJ - 13hs as 13:40

Movimento Estudantil - 13:45 as 14:30

Escolha da Nova Coordenação Municipal de Juventude e Organização da JuvPSOL no AM 14:30

ENCERRAMENTO 15:20

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Nota de solidariedade ao PSTU

Companheiros do PSOL e do PSTU,
Compreendemos que todos as organizações engajadas no movimento necessitam de solidariedade e apoio quando sofrem um ataque direto aos seus mecanismos de organização: foi o que aconteceu com a invasão à sede nacional do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados), localizada em São Paulo, no dia 30 de dezembro.
O local foi arrombado, documentos internos do partido, computadores e celulares em uso foram levados. Segundo a própria investigação da organização, trata-se de um ataque político e o PSTU responsabiliza os governos federais, estaduais e municipais pela ação. Dada as condições do ataque, tudo leva a crer que se trata de uma limitação da liberdade à organização de esquerda. Se isto não for divulgado e repercutido rapidamente, outros ataques também às demais organizações serão evidentes.
A Juventude do PSOL, pela J-PSOL/Campinas, solidariza-se com o PSTU e deixa registrado todo nosso apoio nas lutas contra este tipo de repressão dentro do movimento.
"Se você também treme diante de uma injustiça, então somos companheiros"

Nossas saudações socialistas aos companheiros do PSTU

Blog Juventude PSOL

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Resoluções da J-PSOL/AM

A Juventude do PSOL/Amazonas, reunida em sua III Plenária Geral, realizada no dia 29 de Dezembro de 2007 às 16hs na sede do Diretório Estadual do PSOL/AM, vem através desse comunicado informar a todos os militantes e dirigentes do nosso partido, as resoluções aprovadas por nossa Juventude em seu respectivo fórum de deliberação.

  • 1º A III Plenária Geral da J-PSOL/AM, decide por ampla maioria, modificar a data do I Encontro Municipal de Juventude – PSOL/Manaus, que seria realizado no dia 11 de Janeiro de 2008, para os dias 25 e 26 de Janeiro.
  • 2º A Juventude do PSOL/AM, ira realizar durante todo o mês de Janeiro uma intensa campanha FINANCEIRA, com o objetivo de levantar fundos para a realização do I Encontro Municipal de Juventude e honrar sua divida com a GOL-Linhas Aéreas equivalente ao valor de R$ 1000,00Reais
OBS: Trata-se de quatro passagens aéreas adquiridas pela J-PSOL/AM para participar do 37º CONUBES em Goiânia nos dias 6, 7, 8 e 9 de Dez de 2007.

  • 3º III Plenária Geral da J-PSOL/AM, comunica aos militantes e dirigentes do PSOL/AM que foi aprovada a resolução que da inicio ao processo de Organização da JUVENTUDE FEMINISTA, com tarefa de organizar uma ampla campanha pela Legalização do Aborto para o mês de Março.
Felipe Pinheiro
Presidente da Coordenação Municipal
de Juventude – PSOL/Manaus

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

A luta pelo Passe Livre em Manaus

Do setor de comunicação Juventude PSOL/AM
A luta dos Estudantes pelo Passe-Livre em Manaus intensifica-se a cada dia. Recentemente, um grupo de vereadores a serviço dos empresário do transporte coletivo de nossa cidade, apresentou, na Câmara Municipal de Manaus, um Projeto de Lei criando um PASSE-LIVRE estudantil FARSANTE !
De autoria do Vereador Massami Miki (PSL), o projeto, se for aprovado como está, irá conceder o Passe-Livre a uma quantidade mínima de estudantes, fazendo com que cerca de 88% da classe estudantil passe a pagar a tarifa inteira. O projeto ainda prevê a extinção da Meia-Passagem (O movimento estudantil lutou por 20 anos por sua implantação em Manaus).
No dia 17/12, o movimento estudantil realizou um ato-político contra o projeto de passe-livre apresentado pelo Ver. Massami Miki. Depois de 2 dias de diálogos com alguns dos vereadores que se dispuseram a rediscutir o projeto, conseguimos adiar sua votação para o ano que vem,. Porém não vencemos a guerra ainda: o Projeto de Lei que extingüe a Meia-Passagem e cria um Falso Passe-Livre já foi aprovado na Comissao de Constituiçao e Justiça da CMM.
A Juventude do PSOL/Amazonas conclama todos os estudantes secundaristas e universitários de escolas e universidades públicas e particulares de Manaus, a saírem às ruas em 2008 em defesa de um verdadeiro passe-livre estudantil: que tenha um caráter social e que integre o jovem à escola, cultura e ao lazer.
Entendemos também que é necessário construir uma proposta do próprio movimento estudantil para o passe-livre. Convidamos os estudantes e entidades do movimento estudantil de nossa cidade a fundarem Movimento Passe-Livre MPL, os estudantes de nossa cidade não podem ficar reféns de projetos apresentados por vereadores de algo que nos diga respeito!