terça-feira, 29 de novembro de 2011

Ataque violento e covarde a mais uma mulher militante no DF!


*Por Mariana Resende

Sábado, dia 26/11/2011. Uma data queficará marcada na mente de muitos como um triste e revoltante episÓdio decerceio de liberdade de expressão e agressão gratuita a militantes políticos.

Sou Mariana Resende, militante doJuntos/DF, estudante, trabalhadora, mulher. Assim como outros camaradas, também me dirigi ao centro de Ceilândia neste último sábado a fim de informamos a toda a população o governo medíocre do Sr. Agnelo Queiroz, que também vem sendo investigado por casos de corrupção ainda quando comandava a pasta do Ministério dos Esportes, vem fazendo na capital do país.

Éramos cerca de 20 militantes quem, ainda quando iniciávamos a panfletiação pelo comercio daquela cidade, fomos cercados por quase 100 petistas, devidamente uniformizados. Já na primeira intervenção, observávamos perplexos, a duras e violentas intervenções daqueles que se diziam defensores dos trabalhadores. Assim como nos anos de chumbo, me via naqueles relatos históricos de quando os militantes eram duramente espancados e agredidos pela forças da repressão que, assim como os petistas do sábado, andavam uniformizados, como se fosse uma tropa, tropa esta disposta a tudo paranos tirar o sagrado direito de liberdade de expressão.

Poderia me contentar com os relatos fidedignos de outros companheiros, mas quero também manifestar minha indignação e revolta (mesmo julgando que estas duas palavras não tem a força de expressar o sentimento que este fato me despertou) sobre relatado acima. Fui igualmente agredida com socos e murros tanto no rosto quanto nos braços. Carrego, assim como milhares de outras mulheres que não se intimidam na luta por democracia e liberdade, as marcas de um governo que oprime e se utiliza de bandidos para calar a boca do povo, para agredir suas mulheres, indiscriminadamente! E aqui é necessário abrir uma grande aspas: era a única mulher ali presente e, sem omenor pudor, bandidos vermelhos me atacaram, covardemente, violentamente, tentando de todos os modos tirar-me o material que utilizamos para denunciar a podridão que se instalou na capital do Brasil.

Nos momentos longos que duraram esta repressão só passava pela minha cabeça, rememorando meus tempos de criança, a luta de meus pais na construção de um partido como PT. Naquele momento não conseguia acreditar que aquele mesmo partido, que tempos outros tinha sido motivo de orgulho, há anos se transformou muito mais que um partido da ordem, mas um partido que tem sua falange fascista, sua tropa disposta a qualquer coisa para a ‘proteção’ de seus bandidos corruptos. Minha atitude, logo após as agressões e repressões, foi de ligar para meu pai, ainda filiado a este covarde e traidor partido, que aquilo era o que ele estava protegendo: bandidos que agrediram sua filha, que agrediram militantes, que acobertavam corruptos e criminosos.

Ao continuarmos nossa caminhada para denunciar o governo corrupto de Agnelo, além das agressões verbais e corporais, vinha uma senhora atrás de mim me ameaçando: ”você está doida para apanhar né! Você vai levar uma surra aqui para aprende a ficar de boca calada”. Ao lado dela, outros, desta vez homens, com sangue no olho para que aquela ameaça dela se concretizasse. Tive de contar com a ajuda de outros companheiros para que pudesse sair em segurança daquele local.

Procurei a policia que em pequeno numero ali estava, para que pudessem prender o homem que havia me agredido. Estava ainda viva na minha memória a atitude covarde daquele bandido. Os policiais me diziam que nada podiam fazer porque a Policia Civil, em greve, não poderia estar ali para tomar as providencias daquele caso que se enquadra na Lei Maria da Penha. IMPUNIDADE, foi a única palavra que veio na minha cabeça. Tanto lemos e ouvimos relatos daqueles que passaram por situações piores que esta relatada, mas jamais eu havia sentido tamanha indignação frente a impunidade que iria proteger mais um homem covarde e bandido que agride mulheres.

Entretanto, ao contrário do que a atitude destes bandidos teve o intuito de nos causar, lhes aviso que não desistiremos. Não vamos nos calar jamais!! Esta repressão só faz aumentar em nós o sentimento de indignação e revolta. Vamos tomar as ruas e limpar essa podridão do DF! Não nos calaremos!

LUGAR DE CORRUPTO É NA CADEIA!!!

*Militante do Juntos/DF e estudante de Comunicação na UCB

Juventude Juntos!

http://juntos.org.br/

domingo, 27 de novembro de 2011

Brasil: onde o grafite é crime e corrupção é arte!

A organização da Falange Petista e suas espetaculares ações


São 13h30 de sábado, dia 26 de novembro de 2011. Estou chegando à minha casa, vindo de Ceilândia, onde vivi a mais triste, surpreendente e amedrontadora experiência por que passei nos últimos 27 anos.

Situações semelhantes eu havia vivido nos anos de chumbo, no Rio de Janeiro, nas passeatas e manifestações estudantis na Cinelândia, na Av. Rio Branco e no Calabouço. Na época não havia o PT. O que existia eram outras forças violentas: a polícia da ditadura militar, seus pobres cavalos que tombavam sob nossas rolhas e bolas de gude e, também, as terríveis tropas à paisana do CCC (Comando de Caça aos Comunistas).

Um grupo grande de militantes do PSOL fomos, hoje pela manhã, panfletar em Ceilândia, na intenção de levar à população as denúncias que cada vez mais se multiplicam contra o governador Agnelo Queiroz. O povo, que não lê as revistas semanais e outros órgãos de imprensa, precisa conhecer todas as evidências que demonstram a podridão do atual governador do DF. Nosso panfleto, intitulado “Brasília não merece Agnelo”, traz texto que não acrescenta coisa alguma em tudo aquilo que está saindo na imprensa ultimamente. Apenas reproduz o que o poder judiciário investiga em segredo de justiça.

Não dá para duvidar da palavra dos denunciantes. Um deles, amicíssimo do governador, pode ser alcunhado de “amigo do peito” do denunciado. Este diz que quando dirigia a Anvisa emprestou 5.000 reais ao amigo, hoje acusador. O leitor sabe muito bem que não é fácil encontrar amigo ou parente que se disponha, sem mais nem menos, a emprestar aquela quantia. No mesmo dia, Agnelo autorizou a concessão do Certificado de Boas Práticas para a empresa União Química, em que trabalhava o amigo que depositava os cinco mil reais.

Graças ao panfleto do PSOL, o povo simples, afastado da mídia impressa, pode agora saber o que toda a pequena e a alta burguesias já sabem: o denunciante depositou 5.000 reais na conta bancária particular do Diretor Geral da Anvisa (Agnelo Queiroz), no mesmo dia em que Agnelo concedia o Certificado à empresa do amigo, hoje denunciante.

Nossa panfletagem prosseguia, mas de modo dramático, angustiante e perigoso. O povo na rua, os vendedores das lojas, os comerciários e comerciantes ficavam estatelados, boquiabertos, perplexos com as ações e a fúria não comum em nossa capital federal. Cerca de cem petistas, todos devidamente uniformizados com as camisas vermelhas de estrela no peito, avançavam sobre nós, nos cercavam, nos ameaçavam.

Logo chegaram policiais. Militantes petistas se aproximavam empurrando manifestantes do PSOL. Poucas vezes algum dos policiais interveio, afastando o raivoso petista. Os policiais tiveram aumentado seu efetivo num determinado momento. Não se percebia de onde surgiam. De início eram apenas três. De repente já eram uns sete ou oito. Começaram a caminhar cercando-nos, e, principalmente, ao Toninho que, tal como os outros seus companheiros, dava corajosamente continuidade à panfletagem.

Vejo que o PT criou, no Distrito Federal, sua Falange fascista. Seus métodos são exatamente iguais aos da Falange Espanhola que, vitoriosa na Guerra Civil, deu sustentação ao governo fascista do General Francisco Franco. A violência e o desrespeito à livre expressão tornaram-se práticas comuns dos petistas.

As agressões aumentavam. Gritos tentavam encobrir nossas falas dirigidas aos cidadãos na rua. Alguns petistas mais afoitos, agressivos, arrancavam maços de panfletos de nossas mãos. Corriam. Voltavam ameaçadores. Controlávamos surpreendentemente os nervos, as reações, pois víamos que a tropa falangista do PT fazia de tudo para que aceitássemos as provocações.

Depois de uns vinte minutos de caminhada, sempre cercados pelos membros da Falange, percebemos que nossos panfletos escasseavam. Maços e mais maços nos eram roubados de nossas mãos. Não satisfeitos, alguns petistas passavam a arrancar o panfleto das mãos da gente simples do povo que acabava de receber o papel. Um de nossos companheiros se afastou, rumo ao estacionamento, para buscar mais panfletos em seu carro. Péssima ideia. Foi seguido. Ao abrir o carro, foi agarrado por petistas enquanto outros se enfiavam no automóvel recolhendo pacotes com os panfletos.

Um dos policiais que nos seguiam e nos cercavam, retirou seu revólver do coldre, colocando-o à frente, no cinto da calça. Eu estava atrás dele e observei claramente sua ação disfarçada. Um cidadão, cabelos grisalhos, aproximou-se de mim e sugeriu que chamássemos a imprensa com urgência, pois –achava ele– os policiais estavam “do lado dos petistas”.

Deu para imaginar perfeitamente os momentos dramáticos que o deputado italiano Calvo Sotelo viveu em 1936, nos instantes que antecederam seu assassinato pela polícia que “protegia” a ele e aos outros manifestantes na rua.

A atitude estranha do policial, que mudou sua arma de lugar, me preocupou. Passei à frente dele e, ostensivamente, abaixei-me para ler seu nome na lapela do uniforme. Li: CB Railson. Fixei longamente meu olhar no distintivo. Já havia terminado de ler, mas insisti fingindo ainda não ter lido: enfim ele percebeu que eu lera e gravara seu nome em minha mente.

Seguimos, atravessando a rua em passos largos. Os petistas nos seguiam aos gritos, dirigindo-nos palavrões e acusações gratuitas. Os policiais também.

De repente senti meu pé esquerdo preso por outro pé. Não havia um juiz para apitar a falta. Catei cavaco. Olhei para trás e percebi que não havia qualquer pedra drummondiana no caminho. O obstáculo covarde era o pé do Cabo Railson. Ele olhou para o lado, fingindo nada ter acontecido. Intimidei-me e corri para a frente, ao lado do Toninho. Nessa altura meus próprios companheiros de partido, os mais musculosos, professores de Academia de ginástica, não permitiam que ninguém se aproximasse de Toninho.

A Falange estava ultra-organizada, pois a tropa não se restringia à centena de petistas com suas camisas vermelhas. Na rua, paralelamente ao desfile patético e dramático, um carro de som enorme vomitava, por seus altofalantes, os mais ignóbeis impropérios. A população reagia com comentários de espanto.

A implantação da ditadura de Franco, na Espanha, levou ao poder a Falange, que se transformou em um partido fascista, extremamente eficiente na repressão às oposições políticas. O fanatismo e o desespero do PT, hoje, estão levando o partido ao extremo do absurdo, aperfeiçoando seus métodos de repressão a seus opositores. Na ânsia de se perpetuar no poder, o PT inicialmente apelou para a hoje famosa fórmula do mensalão, comprando consciências, votos e dignidades.

A prática de agente corruptor foi escancarada, denunciada, e, agora, ela passa a ser método difícil de ser efetivado. A violência, agora, parece ser o único método de ação política para aqueles desesperados que se apegaram ao poder. Vislumbrando cenários possíveis para 2014, ano da Copa, ano das eleições para o governo do DF, os petistas querem a todo custo inventar uma tábua da salvação para Agnelo, pois não dispõem de outro nome para sua nominata. Ao buscar cega e desesperadamente a tábua de salvação, apelam agora para as tábuas, os paus, as pedras, os socos, os empurrões, o roubo, a estupidez total.

Jorge Antunes

Secretario-Geral do PSOL-DF e professor aposentado da Universidade de Brasília-UnB

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Debate: Agnelo e a Corrupção e PSOL na luta

Na luta, nas Satélites! PSOL realiza plenária em Ceilândia, Taguatinga, Águas Claras e Samambaia.

Venha Participar!

O PSOL convida você para participar de um debate sobre as denúncias de corrupção que o Governo Agnelo vem recebendo.

Enquanto Agnelo diz que basta a palavra do governador como garantia...


A população do DF diz que continua tudo igual: as alianças, a corrupção, a lamentável situação da Saúde, da Educação, as áreas de lazer e os espaços públicos abandonados e o transporte público cada vez pior!

Debate: Agnelo e a Corrupção e PSOL na luta

Data: 20 de novembro, às 10h00

Local: QNL 23 BLOCO D - Ceilândia

Ed. Areia Dourada (salão de festas)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Após protesto, 150 são demitidos em usina de Belo Monte

Belo Monte de Merda!! As empreteiras contratadas para destruir o rio e as comunidades ribeirinhas, também, persegue os trabalhadores que lutam por direitos básicos! Enfim, Subemprego e superexploração para destruir natureza e vidas na Amazônia....

Folha.com

O consórcio Norte Energia, construtor da hidrelétrica de Belo Monte, demitiu 150 trabalhadores hoje após um protesto por melhores condições de trabalho.

Eles haviam paralisado as atividades na manhã do último sábado e, no mesmo dia, apresentaram reivindicações à diretoria de Belo Monte.

O protesto foi no canteiro de obras da usina em Vitória do Xingu, a 945 km de Belém (oeste do Pará). Lá, existem 1.800 trabalhadores.

Hoje eles foram surpreendidos com as demissões ao chegarem no canteiro de obras.

Segundo os trabalhadores, uma lista com os nomes dos demissionários havia sido colocada na entrada do local. De lá, eles foram levados até a rodoviária de Anapu (a 179 km de Vitória do Xingu), de onde retornariam a suas cidades natais.

Uma das queixas dos trabalhadores é o desvio de função. "Estão colocando pedreiros para trabalhar em serviços gerais", afirmou José Antônio Cardoso, um líderes do protesto e um dos demitidos.

Outras reivindicações são aumento salarial, aumento do valor do vale-alimentação e uma diminuição no intervalo das folgas para visita à família, atualmente de seis meses (benefício dos que moram fora da região).

O consórcio não comentou se as demissões tiveram relação com o protesto. Os diretores de Belo Monte passaram o dia em reunião e não responderam aos questionamentos da reportagem.

A assessoria de comunicação confirmou as demissões e disse que foram cerca de 150. Os trabalhadores falam em 170 demitidos.

No mês passado, um outro protesto --liderado por índios-- paralisou as obras da usina em protesto aos possíveis impactos de Belo Monte no rio Xingu.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Amanhã: Atividade no Santuário dos Pajés!

2º Sarau Pisaligeiro acontecerá nesta terça-feira, 15, às 14h, contando com a presença Ellen Oléria, bnegão, banda jenipapo e outros grupos brasilienses. Conversaremos também sobre a nossa luta diária e o porque de não deixarmos o Santuário se mover.
* Leve sua poesia, música e vontade de compartilhar arte pelo Santuário! *
* TRAGA A SUA CANECA *
* Proibida a entrada com bebidas alcóolicas e drogas ilícitas - RESPEITEM O SANTUÁRIO *
Ps: Tragam frutas, pão e o que quiserem para que possamos fazer um grande lanche comunitário no final da tarde!

15 de novembro: Marcha contra Corrução em Brasília

Marcha contra Corrução em Brasília, Fora Agnelo. Estão todos e todas livres para levar sua bandeira de luta!! Juntos e Unidos contra a corrupção. 10:00, concentração no Museu Nacional - Esplanada dos Ministérios

domingo, 13 de novembro de 2011

Ato contra a militarização da USP reúne 5000 nas ruas do centro


DCE livre da USP

O dia de ontem entrará para a história do movimento estudantil da USP. Três dias depois da intervenção da Tropa de Choque na universidade, mais de 5000 estudantes, professores e funcionários, se reuniram no centro da cidade de São Paulo em ato contra a militarização da USP, por um plano alternativo de segurança nos campi e pela retirada de todos os processos movidos contra estudantes por motivos políticos.

O ato, que teve início e encerrou-se no Largo São Francisco, percorreu diversas ruas do centro de São Paulo, dialogando com a população paulistana, passando pelas ocupações urbanas e defendendo democracia não somente na USP, mas em toda a cidade. Estiveram presentes diversos movimentos sociais, sindicatos e intelectuais, como Plínio de Arruda Sampaio e Jorge Luiz Souto Maior.

Três dias depois da intervenção da Tropa de Choque na USP, a resposta do movimento estudantil não poderia ter sido melhor: um grande ato pela autonomia universitária, que transcorreu de maneira tranqüila e dialogou com toda a sociedade. Demonstramos nosso repudio à intervenção militar na USP e ao reitor da universidade, João Grandino Rodas, grande responsável pelo lamentável ocorrido de segunda-feira.

Assembleia geral reúne 2000 no salão nobre da Faculdade de Direito: uma aula democracia!
Logo após o ato, foi realizada a assembléia geral dos estudantes da USP. O salão nobre da Faculdade de Direito, decorado por quadros e estátuas aristocráticas, foi tomado por mais de 2000 estudantes que deliberaram pela continuidade da greve.

No ponto de informes, ficou claro o enraizamento da mobilização. Estudantes de dezenas de faculdades da USP relataram a realização de assembléias e debates em seus cursos e a indignação de todos com a atual gestão da reitoria. Na mesma Faculdade de Direito, demonstramos que Rodas é persona non grata na USP inteira!

A assembléia aprovou a convocação de Rodas para uma audiência pública com os estudantes na quarta-feira, 16/11 a partir das 18horas na frente da reitoria. Precisamos exigir explicações imediatas da Reitoria e que ela atenda às reivindicações da greve dos estudantes. Por isso, no mesmo dia, está marcado um ato em frente à reitoria exigindo a presença do reitor na audiênia.


O dia de ontem foi capaz de demonstrar a força do movimento estudantil e da organização coletiva para defender a universidade. Demos uma verdadeira aula de democracia para o reitor da USP e o governador do estado, Geraldo Alckmin. E é somente o começo!

Segurança SIM; PM não!
DCE-Livre da USP – gestão “Todas as Vozes”

Posts relacionados:

  1. Marcha Nacional da Liberdade em São Paulo: Vamos expressar nas ruas nossa indignação! Nos últimos meses, temos visto na Mídia notícias sobre movimentos...
  2. A USP contra o Estado de Direito por F. K. Comparato, F. de Oliveira, J. Souto Maior,...
  3. Estudantes respondem a autoritarismo da reitoria com assembleia de 3.000 pessoas e ato amanha. Participe! O dia de ontem, 08 de novembro de 2011, entrou...
  4. Atos contra perseguição política na USP Convidamos a todas e todos participarem de dois atos contra...
  5. I Semana de Artes, Ciências e Humanidades reúne mais de 600 estudantes e debate conjuntura nacional De 22 à 26 de Agosto, o DCE-Livre da USP...

O outro lado da USP

Blog do Tico Santa Cruz
Seja bem vindo.
Primeiro quero deixar claro que antes de escrever este texto pesquisei sobre a questão da ocupação da Reitoria da USP, por entender que as notícias que estavam sendo passadas, assim como as mensagens enviadas nas Redes Sociais não faziam qualquer sentido…
Acreditar que alunos de uma das Faculdades mais importantes do país, se mobilizaram numa ação que ganhou tamanha proporção, por desejarem usufruir do direito ainda ILEGAL de fazer uso de MACONHA dentro do Campus, me parecia inconcebível.
Perdi minha ingenuidade há tempos e sou muito curioso, de modo que entendo o papel da imprensa, sou TOTALMENTE A FAVOR DA SUA LIBERDADE DE ATUAÇÃO, mas reconheço que existe por trás de grande parte dos veículos de comunicação de massa, interesses políticos e variáveis que me fazem sempre questionar “A QUEM INTERESSA DETERMINADA NOTÍCIA”.
Sendo assim, baseei minha pesquisa em Blogs, textos de docentes da Universidade, alunos ( contra e a favor ) e jornalistas que buscaram uma visão imparcial, para que realmente não cometesse o equívoco da preguiça e julgasse de forma superficial uma questão tão discutida nos últimos dias.
Não entrarei no mérito infantil, relacionado a qual classe social pertencem os alunos que invadiram a Reitoria, tendo em vista que na busca por não ser injusto, precisaria pesquisar se as mensagens contra os “Filhinhos de papais e Playboys rebeldes” estariam sendo enviadas de computadores populares ou Máquinas de alto valor no mercado e isso me desviaria do foco.
Então, vamos aos fatos.
A invasão a Reitoria, não esta relacionada apenas com a prisão de TRÊS jovens que estariam fazendo uso de Maconha no Campus. Com um pouco de boa vontade, torna-se possível entender que a presença da PM no local não tem por intenção a mera e importante razão da Segurança. Para entender, é preciso que você perceba que existem motivações de ordem política nessa decisão.
Durante a gestão do Governador José Serra (2006-2010) , o nome do atual Reitor – João Grandino Rodas – foi escolhido através de um DECRETO publicado no dia 13 de Novembro de 2009. Seu nome era o segundo colocado numa lista de 3 indicações. O que quer dizer que RODAS não foi eleito pela comunidade acadêmica. Pelo histórico deste Homem, que já fora diretor da Faculdade de Direito, pode-se perceber que sua relação com a democracia no Campus, não é das mais amistosas. Recomendo a leitura COMPLETA deste artigo – http://altamiroborges.blogspot.com/2011/11/quem-sao-os-vandalos-da-usp.html?spref=tw – onde se encontra o título “ A Face autoritária do Reitor da USP” – Trechos como este, poderão lhe ajudar a entender melhor –“Na gestão de Rodas, estudantes têm sido processados administrativamente pela Universidade com base em dispositivos instituídos no período militar. Num dos processos, consta que uma aluna — cujo nome ficará em sigilo — agiu contra a moral e os bons costumes. Dispositivos como estes foram resgatados pela USP.”“O reitor também recebeu o título de persona non grata por unanimidade na Faculdade de Direito, que apresenta uma série de denúncias contra a gestão do ex-diretor, acusando-o de improbidade administrativa, entre outros crimes.”(Autora Ana Paula Salviatti, publicado no sítio Outras Palavras)
Neste mesmo Blog, encontra-se a Nota da Congregação da FFLCH – Responsável pelo questionamento da presença da PM da forma como esta sendo feita.Uma outra leitura importante, para entender o que se passa, é a do texto de Raquel Rolnik – Muito além da presença ou não da PM no campus da USP (http://raquelrolnik.wordpress.com/2011/11/04/muito-alem-da-polemica-sobre-a-presenca-ou-nao-da-pm-no-campus-da-usp/) . Raquel é Professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo. ** Alguém que, em tese, tem condições de abordar o assunto com propriedade.“Para além da polêmica em torno da ocupação da Reitoria, me parece que estão em jogo nessa questão três aspectos que têm sido muito pouco abordados. O primeiro refere-se à estrutura de gestão dos processos decisórios dentro da USP: quem e em que circunstâncias decide os rumos da universidade? Não apenas com relação à presença da Polícia Militar ou não, mas com relação à existência de uma estação de metrô dentro do campus ou não, ou da própria política de ensino e pesquisa da universidade e sua relação com a sociedade. A gestão da USP e de seus processos decisórios é absolutamente estruturada em torno da hierarquia da carreira acadêmica.
Há muito tempo está claro que esse modelo não tem capacidade de expressar e representar os distintos segmentos que compõem a universidade, nem de lidar com os conflitos, movimentos e experiências sociopolíticas que dela emergem. O fato é que a direção da USP não se contaminou positivamente pelas experiências de gestão democrática, compartilhada e participativa vividas em vários âmbitos e níveis da gestão pública no Brasil. Enfim, a Universidade de São Paulo não se democratizou.”Estas e outras PARTES contidas no texto, são fundamentais para uma avaliação da crise.
No site do DCE livre da USP – http://www.dceusp.org.br/2011/10/souto-maior-ninguem-esta-acima-da-lei-mas-quem-e-ninguem-o-que-e-a-lei/#.TrHaGdvbJas.facebook – há uma abordagem interessante, escrita pelo Professor da Faculdade de DIREITO da USP – Jorge Luiz Souto Maior – a respeito da Declaração do atual Governador de SP, Geraldo Alckmim, “Ninguém está acima da lei”. Levando o questionamento as questões Republicanas, pelas quais são baseados nosso regime democrático.““Ninguém está acima da lei”, traduz um preceito republicano, pelo qual, historicamente, se fixou a conquista de que o poder pertence ao povo e que, portanto, o governante não detém o poder por si, mas em nome do povo, exercendo-o nos limites por leis, democraticamente, estatuídas. O “Ninguém está acima da lei” é uma conquista do povo em face dos governos autoritários. O “ninguém” da expressão, por conseguinte, é o governante, jamais o povo. Claro que nenhum do povo está acima da lei, mas a expressão não se destina a essa obviedade e sim a consignar algo mais relevante, advindo da luta republicana, isto é, do povo, para evitar a deturpação do poder.”
E continua, mostrando que há algo ALÉM DA MACONHA.“E, ademais, qual é a verdade da situação? A grande verdade é que os alunos da USP não estão querendo um tratamento especial diante da lei. Não estão pretendendo uma espécie da vácuo legal, para benefício pessoal. Para ser completamente, claro, não estão querendo fumar maconha no Campus sem serem incomodados pela lei. Querem, isto sim, manifestar, democraticamente, sua contrariedade à presença da PM no Campus universitário, não pelo fato de que a presença da polícia lhes obsta a prática de atos ilícitos, mas porque o ambiente escolar não é, por si, um caso de polícia.”
A presença da PM no ambiente acadêmico, inibe manifestações políticas, e cria constrangimentos aos movimentos reivindicatórios que são naturais num local onde existem centenas de pessoas convivendo democraticamente.
Se não é da natureza do cidadão em geral, se envolver em questões relacionadas a política e ao que é público no Brasil, o erro esta no DESINTERESSE DO POVO, e não nas Ações de quem decide exercer o livre direito de contestação de alguma lei ou regra vigente.
Nessa parte, usarei como referencia o ótimo texto do Jornalista André Forastieri – http://bubot.com/a4504 – “O choque na USP e a militarização de São Paulo”.
Onde o jornalista faz uma excelente analogia a quem acha que pelo simples fato de algo ser LEI, não possa vir a ser QUESTIONADO e até mesmo não comprido.“ Os argumentos contra os ocupantes da Reitoria da USP são Pífios. Eles quebraram A lei? Primeiro, se quebram, não importa; Leis não existem para serem obedecidas cegamente: A lei é para ser desobedecida e QUESTIONADA abertamente quando INJUSTA. Não é Possível aplaudir as rebeliões contra Mubarak e Kaddafi, ou a ocupação de Wall Street e recriminar os Uspianos por não seguir a lei.”
Colocação perfeita a meu ver.
O Brasileiro esta tão condicionado a viver como um Gado, com alguém lhe dizendo o que fazer e como se comportar, que não se identifica com aqueles que se voltam contra determinadas injustiças. É por isso também que aplaudimos o que se faz lá fora e recriminamos quando é feito por gente nossa.
Marcelo Rubens Paiva, faz um excelente artigo para o ESTADÃO, quando aborda os resquícios da ditadura envolvidos na cortina de fumaça da MACONHA no Campus da USP – http://blogs.estadao.com.br/marcelo-rubens-paiva/posse-de-maconha-nao-e-crime/
Aborda a questão do abuso de autoridade por parte dos policiais e da insistência em abordagens direcionais em busca de entorpecentes e de quebra ainda nos brinda com um pouco de conhecimento CONSTITUCIONAL – com o artigo 11.343/06 – que trata da posse de ENTORPECENTES.O BLOGUEIRO – Pablo Ortellado – http://www.gpopai.org/ortellado/ – no texto – “A cortina de fumaça na segurança da USP” menciona alguns equívocos praticados pela Força policial no Campus e levanta mais uma vez a questão do VERDADEIRO OBJETIVO do convênio assinado em Reitoria e a PM ( Governo do Estado ) no intuito de reprimir os movimentos estudantis e movimentos sindicais.Ou seja amigos, como apostava, a questão da Invasão não esta ligada apenas aos “MACONHEIROS” e “Playboys” e “Filhinhos de papai” que estudam na USP. Se o acesso a universidades no Brasil esta ligado ao fator FINANCEIRO, isso é mais um ponto critico que deveríamos questionar em nosso sistema.
Apenas 4% da população desse país chega numa universidade, isso é uma VERGONHA NACIONAL. Desses 4%, transforme em 100% e descubra quem apenas uma MINORIA consegue concluir o ensino. Ainda com um diploma na mão, existe um índice altíssimo de desemprego e pior, de ANALFABETOS FUNCIONAIS vagando pelo nosso território.
Não usarei este espaço para defender a desordem e nem a depredação do Patrimônio PÚBLICO, mas é engraçado ver gente que é INDIFERENTE A CORRUPÇÃO e ao Vandalismo POLÍTICO praticado por políticos que assaltam há séculos nossos cofres PÚBLICOS e a condenação IMEDIATA E INSTANTÂNEA dos alunos por conta de um episódio nublado e mal noticiado.No mais, como pessoa pública e artista que se sente no direito de observar e decupar os acontecimentos desse país, em meio a tantos julgamentos e tanta besteira ESCRITA em redes sociais, me senti no dever de pesquisar e buscar entender o que está de fato acontecendo na USP.
Não sou paulista e nem estudante universitário, mas também não sou IDIOTA e nem ingênuo para acreditar dessa DEMONIZAÇÃO do movimento praticado pelos alunos.
O objetivo é claro amigos – INTIMIDAR E associar qualquer mobilização que contenha um pouco mais de energia e força – a RÓTULOS que inibam outras frentes de ATUAÇÃO e enfrentamento do ESTADO. É o jogo fácil de vender as idéias sem que os CONSUMIDORES se dêem conta do que estão CONSUMINDO.
De fato, foi trabalhoso fazer a pesquisa e escrever este texto.
Mas, me sinto menos ESTÚPIDO ao não repetir o PARADIGMA da preguiça que tanto nos corrói.
Mais uma vez estamos sendo jogados UNS CONTRA OS OUTROS, enquanto so verdadeiros BANDIDOS se mantém inatingíveis.
Por fim, não se pode mandar nenhum dos estudantes para a PENITENCIÁRIA, como foi noticiado por alguns jornais, porque para chegar a uma PENITENCIÁRIA é preciso ser JULGADO E CONDENADO. Mais uma intimidação patética que vários engoliram sem perceber.
Se você chegou até aqui e leu os artigos, tire suas conclusões, só não me espere alguém lhe explicar essa questão em 140 caracteres.
Deixo outras fontes de pesquisa:
Boa leitura.
Tico Sta Cruz

domingo, 6 de novembro de 2011

ATO EM DEFESA DA VIDA DE MARCELO FREIXO EM SÃO PAULO


Deputado pelo PSOL do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo é referência internacional no combate ao crime organizado e na defesa dos direitos humanos. Presidiu a CPI das Milícias e das Armas e foi reponsável pela prisão de policiais e parlamentares corruptos. Diante dos fortes planos para executá-lo teve que deixar o país para garantir a sua sobrevivência e continuar sua luta. Exigimos compromisso dos governantes para preservar a vida de Freixo e a luta contra as milícias! Participe! Essa é uma luta de todos!

Solidariedade ao deputado Marcelo Freixo

Dep. Janira Rocha
Hoje é um dia de tristeza para o Rio de Janeiro e para o Brasil, é triste e revoltante sabermos que temos exilados em nossos tempos. Quando um deputado Estadual, membro desta casa, um homem público no exercício de seu mandato democraticamente eleito vê-se obrigado a sair do país, algo está errado. Muito errado!

A luta de meu companheiro Marcelo Freixo, não é uma luta dele, não é um problema individual, não é uma bandeira exclusiva do PSOL é uma luta de todos nós.

É inaceitável que só agora o Governo Estadual venha manifestar-se, é inaceitável Sr. Governador Sérgio Cabral, que através da Secretaria de Segurança o senhor venha dizer que tudo foi verificado e devidamente processado.

“A secretaria de Segurança enviou uma carta à presidência da Alerj nesta segunda 31 de outubro, informando que todas as ameaças ao deputado "foram verificadas e devidamente processadas", mas, "que esse tipo de investigação, por envolver a segurança de pessoas é realizada de forma sigilosa". Freixo destacou que solicitou segurança para a família em 25 de agosto."

Olho para nosso Estado e fico indignada, como cidadã, como militante e como deputada: Jogos da copa, Olímpiadas, obras o Rio de Janeiro em festa. Circo para o nosso povo. Para um povo sem pão, sem acesso a educação pública de qualidade, sem acesso à cultura, não pode faltar espetáculos.

No camarote do circo do Governador Sérgio Cabral, os “Eiques Batistas”, a Delta, Odebrech, Grupo Facility, Nissan, CSA ... Todos a assistir Bombeiros que dão à vida, para salvar vidas sem condições de sobreviver. Policiais que garantem a lei e defendem o Estado, em mau estado, sem salários, sem condições de trabalho, sem dignidade! Oprimidos nos quartéis e mortos nas ruas! Servidores da saúde sem saúde para viver.

Agora no circo do Governador Sérgio Cabral se entrega aos leões, um deputado estadual. Por que Governador, até quando Governador!

Senhores, senhoras aqui vai um alerta, é preciso acima das bandeiras partidárias defender a democracia! Força companheiro, o povo do Rio de Janeiro está com você!

Janira Rocha – Presidente Estadual do PSOL

Click aqui e saiba mais!