UMA OUTRA HISTÓRIA A SER CONTADA | No mundo inteiro a juventude tem saído as ruas para demonstrar a sua indignação contra as injustiças do capitalismo e lutar por direitos sociais roubados ou nunca atendidos pela elite mundial! No Brasil muitos jovens também se organizam para lutar por uma outra sociedade! Nesta mesma marcha segue junto a juventude do PSOL! Somos socialistas e libertários, que lutamos por um amanhã sem desigualdades, opressões, exploração, lucro e juros, sem patrões!
segunda-feira, 21 de julho de 2008
MST OCUPA SUPERINTENDÊNCIA DO INCRA EM SÃO PAULO
Durante o ano, diversas jornadas buscaram em todo o país chamar atenção para a questão agrária. No entanto, apesar das negociações, a reforma agrária está parada. Cerca de 150 mil famílias continuam acampadas em todo o país. A falta de infra-estrutura e assistência técnica nas áreas de assentamentos continuam sendo um problema; os trâmites internos para os processos de desapropriação permanecem vagarosos; os poucos investimentos do governo não têm modificado a situação de risco que as famílias do campo se encontram.
Em São Paulo, 1.600 famílias permanecem acampadas, e outras 700 não tiveram acesso a crédito e infra-estrutura para terem possibilidade de sobreviver do trabalho no campo.
O governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva herdou uma Medida Provisória editada na gestão de Fernando Henrique Cardoso que impede a vistoria e a desapropriação de propriedades rurais ocupadas. A MP 2.027-38, editada em maio de 2000, tem como objetivo reverter o número de ocupações de terra no país. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra exige a revogação dessa MP que é totalmente contrária aos avanços da Reforma Agrária.
A assistência técnica nas áreas de assentamento garantem melhorias na produção, por meio da organização que influencia o resultado final do produto. A não destinação de recursos para a assistência técnica, até o momento, por parte do Incra, prejudica a renda de milhares de famílias assentadas.
A falta de infra-estrutura não garante questões básicas aos assentados, tais como boas condições das estradas, além da garantia de água e luz para os trabalhadores e trabalhadoras do campo.
Os poucos investimentos do governo e a falta de uma linha de crédito, por sua vez, também impedem avanços questão. Isso faz com que a agricultura familiar seja prejudicada, e quem mais tem problemas com isso é o próprio mercado interno, que sofre com a crise de alimentos. No período de 30 anos, que teve início na década de 70, cerca de 700 mil pessoas deixaram o campo. O fato mais alarmante é que esse processo segue em andamento.
O governo tem dado prioridade ao agronegócio, que avança sobre o território brasileiro, conquistando terras que deveriam ser destinadas aos trabalhadores rurais. Só o Banco do Brasil emprestou 7 bilhões de dólares para 13 grupos econômicos investirem na produção para exportação, enquanto os assentamentos não recebem investimento suficiente.
Além de tudo isso, os movimentos sociais ainda sofrem uma ofensiva por parte do Estado, do poder judiciário e das milícias privadas. Os trabalhadores e trabalhadoras rurais são perseguidos, mortos e sofrem violência física. A luta pela Reforma Agrária não pode ser tratada como caso de polícia. Os movimentos sociais não podem ser criminalizados para que o agronegócio prevaleça em nosso país.
sábado, 19 de julho de 2008
Socialismo do Século XXI
Os socialistas não encontram dificuldades para criticar o capitalismo. Por mais acerbas que sejam, as críticas são bem recebidas pelas platéias populares e estudantis. O problema surge quando alguém pergunta: que solução tem o socialismo para o problema da liberdade? Nessa hora, de nada adianta fazer a surrada distinção entre a liberdade real que as pessoas desfrutam nos regimes socialistas e a liberdade formal garantida nas constituições burguesas. Essa resposta não cola porque é uma forma de ladear a dificuldade. Uma coisa é poder reclamar da atuação do administrador do bairro, da qualidade da comida da cantina, dos critérios do chefe da seção da fábrica; outra, muito diferente, é reunir pessoas na praça pública para protestar contra as políticas públicas do governo ou escrever no jornal contra essas políticas. Mas este é o tipo de liberdade que todos querem e que as várias experiências de concretização da proposta socialista não conseguiram oferecer. O homem é um animal político e quer participar das decisões que afetam a sua vida na polis, de modo que, enquanto os socialistas não forem capazes de dar uma resposta concreta à questão da liberdade política, não será possível fazer o socialismo avançar. Para enfrentar essa questão, é preciso agir simultaneamente em dois planos: - no plano do pensamento, é preciso passar a limpo as experiências socialistas, sem preocupação apologética e sem capitular diante da crítica desonesta dos seus adversários; - no plano da prática política, é preciso criar organizações socialistas - partidos, sindicatos, movimentos populares - que desenvolvam em seu interior uma cultura democrática de maneira a sancionar eticamente qualquer limitação à liberdade. Organizações que funcionem dessa maneira, pré-figurando o socialismo do século XXI, encontrarão facilmente as modalidades jurídicas de assegurar plena liberdade das pessoas na ordem socialista, seja qual for o contexto político do momento da ruptura do regime burguês. E o exemplo desse tipo de funcionamento, durante a longa fase de reconstrução da proposta socialista, valerá mais do que cem discursos para convencer as pessoas de que só no socialismo se pode falar verdadeiramente em liberdade, porque só o socialismo satisfaz a condição da igualdade, sem a qual as liberdades formais da ordem burguesa não passam de ficção. Plínio de Arruda Sampaio |
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Operário em Construção
Era a sua escravidão.
Um operário em construção.
Exercer a profissão.
Coisa que fosse mais bela.
A dimensão da poesia.
Na sua resolução.
E ao dizer isso sorria.
Da construção que crescia.
E o operário disse: Não!
Não podes dar-me o que é meu.
Vinícius de Moraes