segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Enfim, a Posse!

Depois de meses de disputa com os três poderes do Distrito Federal, os novos conselheiros tutelares tomaram posse hoje, em cerimônia no Centro Administrativo, em Taguatinga.

O Conselho Tutelar, conforme legislação federal, é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade para o cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.

Até o dia de hoje, o Distrito Federal conta com 10 Conselhos Tutelares, para uma população de aproximadamente 2 milhões e 500 mil habitantes. Um exemplo de absurdo é o Conselho Tutelar de Brasília que compreende as regiões administrativas do Lago Sul e Norte; Asa Sul e Norte; Sudoeste; N. Bandeirante; Candangolândia; R. Fundo I e II; Cruzeiro Velho e Novo; Estrutural; Varjão; Vila Planalto; Granja do Torto; Vargem Bonita; Vicente Pires; Park Way e Vila Telebrasília.

Em ação civil pública que exigiu a criação de 23 novos conselhos de autoria do Ministério Público do Distrito Federal. O juiz da Vara da Infância e Juventude do DF Renato Rodovalho concedeu liminar determinando que o GDF providenciasse a criação de novos conselhos. Mas, em junho passado, o desembargador da 1ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF Natanael Caetano suspendeu a decisão, pois o GDF alegava falta de previsão orçamentária.

Diante dessa alegação e da mobilização de vários militantes dos Direitos Humanos, a Câmara Legislativa aprovou emenda ao Orçamento de 2009 para assegurar os recursos necessários à posse dos 23 novos conselheiros tutelares. A emenda garantiu recursos financeiros para os cargos de conselheiros tutelares do Distrito Federal.

A eleição para Conselho Tutelar aconteceu no dia 4 de outubro, sobre o signo da incerteza, pois ninguém envolvido no processo sabia dizer a quantidade legal dos conselhos, se continuaríamos com os 10 ou se seria 33. A eleição foi registrada por diversos problemas, como falta de divulgação do local de votação; sistema eletrônico de votação, ficando fora do ar, por diversas horas, e possibilidade de acesso-lo em lan house; ausência de cédulas nos locais de votação; boca de urna em diversas escolas; mesários que não compareceram prejudicando sessões inteiras e os que tiveram aqueles que, até, votaram pelos os cidadãos...

Aqui vale a pergunta: onde encontrava-se o bravo Ministério Público? Que cabia a

fiscalização da eleição, neste ponto e somente neste ponto, os promotores não cumpriram sua função ou pelo menos não acompanharam os desdobramentos dos fatos acontecidos no dia 4 de outubro, e acabaram sendo convenientes com várias barbaridades na eleição para conselho tutelar em 2009.

Nesta memória vale a pena destacar a mobilização que recolheu mais de 30 mil assinaturas em dois meses, feita pela Associação dos Conselheiros Tutelares e o Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e do Ministério Público da União (MPU) do DF (Sindjus-DF) apresentando a Câmara Legislativa, proposta de emenda à Lei Orgânica que estabelece normas para o funcionamento dos conselhos tutelares no DF. Nesta questão é lamentável (mais uma vez!) a postura da Câmara Legislativa que recebeu o projeto de iniciativa popular no dia 26 de junho, e que a até a data de hoje não tinha começado a tramitar na Câmara.

Por fim, O Governo Arruda imobilizado com as denúncias da Operação Caixa de Pandora fez aprovar mensagem, na Câmara Legislativa, criando os cargos e possibilitando a posse dos Conselheiros Tutelares, eleitos em outubro. Hoje, tivemos a posse, mas a defesa dos direito da criança e do adolescente no Distrito Federal ainda não está longe do seu fim.

Clemildo Sá

Conselheiro Tutelar da Asa Norte

COP 15: Crônica de um fracasso anunciado

A Conferência de Copenhague foi acompanhada pelos povos do mundo inteiro com intensas expectativas, pois os prenúncios sobre o aquecimento global são dramáticos e suas conseqüências já podem ser sentidas na pele e na vida de milhões de pessoas. As inundações na África, os furacões nos EUA, os incêndios e as ondas de calor na Austrália, os vendavais, chuvas e estiagens no Brasil, o degelo das calotas polares do Ártico e da Antártida já são realidades em nosso planeta.

Apesar disso, a Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas foi um fracasso. Nem mesmo produziu um documento para substituir o protocolo de Kyoto, que tem vigência até 2012 e ao qual os Estados Unidos não se submeteram, mesmo sendo este um tratado que considerava a poluição como mercadoria a ser comercializada, e tinha uma tímida meta de redução das emissões de gases poluentes (5,2% de diminuição em comparação com índices de 1990). Por outro lado, em Copenhague surgiu uma nova esperança, não dos governos capitalistas do Bella Center, mas das ruas da cidade. Todos os dias houve manifestações que possuíam como bandeira a luta em defesa do meio-ambiente combinada com a luta anticapitalista. No dia 12 de dezembro aconteceu a maior marcha, que reuniu em torno de 100 mil manifestantes, fazendo um necessário contraponto inoperância vista na COP-15. E esta é a novidade de Copenhague.

A depender dos governantes capitalistas que dominaram as decisões da cúpula, o futuro será ainda pior, com o desaparecimento de países inteiros (Tuvalu, ilha que fica no Sul do Oceano Pacífico, poderá ficar totalmente submersa em 8 anos), a falta de água potável para bilhões de pessoas, o sumiço de várias espécies, a savanização da Amazônia, o fim de diversos ecossistemas com sua biodiversidade e o aumento dos fenômenos de furacões, ciclones, chuvas etc.

A sede de lucro do capital e a crise ambiental

O capitalismo, além de calcar-se na exploração desumana dos trabalhadores, está destruindo o meio ambiente. Desde a revolução industrial, a acumulação desenfreada de capital está baseada no uso do carvão e do petróleo, ou seja, no uso de combustíveis fósseis que, ao queimar, geram a emissão de gases poluentes para atmosfera, causando o efeito estufa e, conseqüentemente, o aumento da temperatura da Terra.

A lógica do lucro do capital transforma os problemas da humanidade em mercadoria. Não é à toa que a poluição vem sendo tratada como "direito" por alguns países. Agora, com o pífio acordo do COP15, desenha-se um fundo de 30 bilhões de dólares que, pelo que se viu em Copenhague, será disputado por multinacionais e grandes corporações e, evidentemente, não será destinado ao pagamento de uma dívida ambiental com a humanidade. Eles vão ter direito a poluir bastando para tanto pagar insignificantes quantias para um fundo sem controle público Além disso, a conferência definiu incentivos financeiros para projetos de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd), (que como aponta as 50 propostas do PSOL) "podem financiar agressões socioambientais como os chamados "desertos verdes".

Essas resoluções são um perigo, pois trazem consigo mudanças importantes de conceitos. Um deles é substituir o conceito de florestas por plantações industriais como sumidouros de carbono, o que significa que as empresas plantadoras de eucaliptos poderão disputar fundos e depois transformar as árvores em celulose. O segundo perigo são fundos bilionários para governos corruptos, sem nenhum controle social. Isso coloca como uma das nossas tarefas a defesa e criação de um Tribunal Internacional do Clima e de Conselhos locais de acompanhamento. Apresentamos essas propostas no documento do PSOL entregue aos movimentos sociais presentes no Klima Fórum.

Infelizmente, o documento final da conferência oficial em Copenhague, redigido pelos países ricos e industrializados, é patético. Não prevê nenhum acordo obrigatório, apenas promete uma adaptação dos países ricos a uma meta de redução de 20% das emissões de CO2, e orienta os países emergentes a elaborarem suas metas, ficando estes sujeitos ao monitoramento dos países ricos.

Ora, nada de concreto, nenhum prazo definitivo para a substituição dos combustíveis fósseis, nenhum tribunal internacional sobre as questões climáticas, nenhuma penalidade aos maiores poluentes, como apresentamos na proposta do PSOL. O acordo de Copenhague ainda favorece a possibilidade da ingerência do imperialismo norte-americano sobre os países em desenvolvimento.

Fracasso foi o signo de Copenhague. Já existe tecnologia suficiente para o uso de energias renováveis. Já existem protótipos de carros movidos a hidrogênio, tecnologia e ciência para substituir o uso dos combustíveis fósseis. Entretanto, os mesmos estão sob patente, mais uma vez, dos países desenvolvidos. Ou seja, mantida a lógica das "vantagens comparativas" do comércio internacional capitalista, seguem os países pobres exportando matéria-prima e produtos de baixa tecnologia enquanto os países ricos concentram a produção científica e tecnológica de ponta.

Lula: discursos ambientais e práticas predatórias

Enquanto Lula fez um discurso de que os ricos devem pagar a conta da crise ambiental - pois foram os maiores poluidores do planeta, defendendo para esses países a redução em 39% as emissões de CO2 -, internamente o país segue com o PAC passando por cima da natureza e das populações originárias, como é o caso de Belo Monte e da transposição do rio São Francisco. E o que ainda é mais grave: amplia para 18 meses o prazo para que os latifundiários delimitem as áreas de preservação permanente (que além de ser sumidouros de carbono, permitiriam a preservação de ecossistemas inteiros e ajudariam a dar equilíbrio ambiental ao planeta).

Ademais, vale destacar que apesar das ótimas propostas apresentadas pela Venezuela, Bolívia e Equador (que debateremos depois) o governo brasileiro segue se distanciando deste bloco para atuar em conjunto com o capitalismo europeu. Não temos dúvida que o verdadeiro intercâmbio homem-natureza, que permita a transformação das formas de utilização dos recursos naturais para beneficiar a humanidade, seguindo a lógica de sua preservação, só poderá ser desenvolvido em uma nova sociedade, na qual a produção esteja voltada às necessidades das populações e os objetivos finais sejam o bem comum e não a acumulação de alguns.

Está mais do que na hora da ciência estar voltada à preservação do meio ambiente, assim como da humanidade. Do ponto de vista científico e tecnológico a humanidade pode, a partir de um sistema igualitário, socialista, ter um novo rumo na relação entre as sociedades e a natureza. Para salvar o planeta a luta anticapitalista deve se fortalecer. Para isso precisamos elaborar propostas concretas para a situação atual e para o futuro.

Antes e Depois de Copenhague: o encontro entre a luta anticapitalista com a luta ambiental

Copenhague foi um marco na politização do debate ecológico. Enquanto os governos preparavam belos discursos nada concretos no Bella Center, produziu-se um encontro paralelo, chamado Klima Fórum. Neste evento, assim como no Fórum Social Mundial, houve uma grande participação dos movimentos sociais e da juventude. Este foi o grande diferencial de Copenhague: o salto de qualidade, a quantidade de pessoas radicalizadas para lutar em defesa do meio ambiente, combinando tarefas anticapitalistas e ambientais. Desde a minha chegada, até o último dia, a grande surpresa foi a dimensão das lutas que aconteciam diariamente, de forma espontânea ou organizada e duramente reprimidas pela Polícia.

O marco ou o divisor de águas foi a marcha do dia 12 de dezembro, que, apesar da pouca divulgação, reuniu 100 mil ativistas. Assim como Seattle iniciou a massificação das lutas antiglobalização, o dia 12 de dezembro marcou uma nova fase de mobilizações, colocando no centro da pauta a crise ambiental. Existe um antes e um depois de Copenhague. E a pauta é cada vez mais concreta para as populações mundiais.

As palavras de ordem, os cartazes e a radicalização desta nova geração mostra o caráter anticapitalista presente nesta disputa: "Nosso clima não é seu negócio", "Mude o sistema e não o clima". A cobrança política aos Estados Unidos mostra o caráter antiimperialista desta frente.

Outro ponto alto foi o debate promovido pela Rede Ecossocialista no Fórum do Clima, organizado por Michael Löwy, intelectual militante do nosso partido irmão NPA e que há tempos tem buscado combinar a pauta socialista com a pauta ecológica. A mesa era composta por Peter (da Red Green Alliance), Torisa Turner (Eco-Socialist Internacional Network), Yorgos Galanis (membro da Respect da Inglaterra e da Eco-Socialist Internacional Network), Klaus da Alemanha (da Eco-Socialist Internacional Network e da SU) e por fim, Michael Löwy. Foi uma boa atividade sobre a necessidade da mudança da estrutura da sociedade e do modelo de produção, e sobre a importância de os trabalhadores assumirem o controle para, de fato, a humanidade estabelecer outra relação com a natureza.

Também participamos da mesa sobre a "Alternativa Verde", que contava, entre outras lideranças, com a senadora Marina Silva e com o militante internacionalmente reconhecido José Bové. A senadora defendeu a Amazônia e a luta contra o desmatamento, a necessidade de ter um compromisso real na COP-15 e a responsabilidade também dos países em desenvolvimento. Bové fez uma grande fala sobre as mobilizações, comparando-as com Seattle e reafirmou a necessidade de ter um intenso movimento de massas para não permitir que o meio ambiente se consolide como uma mercadoria no âmbito do comércio internacional e das multinacionais. No final, entregamos para a senadora (que nos recebeu muito bem, elogiando o PSOL e a nossa presidente Heloísa Helena) as 50 propostas do PSOL, assim como para Bové.

As 50 propostas apresentadas pelo PSOL, elaboradas com exímia qualidade pelos companheiros Kenzo Jucá e Marcelo Barra e aportado pela juventude do Rio Grande do Sul, empalmou com as reivindicações expressas pelos movimentos e, sobretudo, com as propostas de Chávez, Morales e Correa.

Temos agora o desafio de manter a propaganda do ecossocialismo, denunciar sistematicamente o capitalismo, mas definir como eixos centrais de nossa agitação: 1. Dívida Externa do Clima sobre as nações e corporações poluidoras; 2. Tribunal Mundial do Clima para julgar e penalizar os crimes ambientais e mecanismos de controle popular, globais, regionais e locais sobre as políticas ambientais e seus financiamentos; 3. Redefinição dos critérios e parâmetros atuais dos Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (projetos MDL); 4. Defesa da Amazônia, luta contra o desmatamento e roubo de espécies e matéria-prima para as grandes corporações da indústria farmacêutica; 5. Defesa dos povos da Amazônia, das populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas.

Com essas consignas podemos empalmar e incidir sobre os novos ativistas e ainda apresentar estrategicamente uma saída socialista. Caso contrário, podemos nos perder apenas na propaganda e esquecer da agitação política apoiada em um programa de transição ecológico, irrealizável do ponto de vista do capital, mas que arme para a mobilização.

Outro aspecto determinante foi o peso que a Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA) teve no Klima Fórum, aparecendo com uma alternativa para milhares de jovens desta geração. Copenhague estava tomada por cartazes convocando amplamente a participação na atividade da ALBA. Além disso, o antiimperialismo e a denúncia do capitalismo presente no discurso de Chávez na COP-15 foi a apresentação de uma alternativa real e a conformação de um bloco de esquerda antiimperialista e anticapitalista que localiza a questão ambiental no âmbito de uma luta global contra o capital.

Os desafios do PSOL pós-Copenhague

No Brasil, impõe-se a necessidade de mais pessoas envolverem-se nesta luta. Reafirmamos: existe um antes e um depois de Copenhague. O fato é que as mudanças climáticas já sentidas em 2009 e a politização do tema nos coloca grandes desafios e perspectivas.

Agora temos que nos apoiar nas 50 propostas para agitar politicamente em todos âmbitos, conformar uma corrente radical e plural, com elementos anticapitalistas e de defesa do meio ambiente para disputar nas escolas, nas universidades, nos locais de trabalho e moradia.

Na nossa agenda também precisa estar a divulgação e a propaganda das propostas da ALBA, em conjunto com a elaboração do PSOL, tratando de nos aproximar deste campo e inserir nosso partido como o pólo conseqüente da luta latino-americana no Brasil.

Fernanda Melchionna é vereadora do PSOL em Porto Alegre

Justiça garante continuidade do curso de Direito para assentados em Goiás


O presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), desembargador Jirair Aram Meguerian, decidiu que o Incra e a Universidade Federal de Goiás (UFG) podem dar continuidade à turma especial de Direito para assentados da Reforma Agrária e filhos de pequenos agricultores, na cidade de Goiás. A liminar, concedida na tarde de quinta-feira (17/12) suspende os efeitos da decisão anterior que extinguia a turma, em ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF). Além disso, o presidente do TRF1 determinou a manutenção do curso até o trânsito em julgado do processo.

“É uma decisão louvável. A oportunidade aberta a assentados de fazer parte de um curso de direito não fere o princípio da isonomia, como alegam alguns. Ao contrário, é uma política afirmativa dirigida a grupos historicamente excluídos de direitos fundamentais, como o acesso à educação”, afirma o presidente do Incra, Rolf Hackbart.

No início da semana, membros da Procuradoria-Geral do Incra e da Procuradoria Regional Federal da 1ª Região – representando a UFG – propuseram medida de suspensão de sentença alegando interesse público e defendendo a constitucionalidade do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera).

Em seu despacho, o desembargador considerou a proibição do curso de direito para assentados como uma “grave lesão à ordem pública”. Ele citou parecer da Comissão de Ensino Jurídico da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB/GO) que em 2006 foi favorável à implantação da turma, tendo em vista a carência de defesa técnico-profissional dos assentados. “Essa decisão é resultado de um esforço conjunto entre Incra e UFG em defesa da educação para aqueles que sempre estiveram excluídos de uma formação superior”, define a procuradora-chefe do Incra, Gilda Diniz dos Santos.

O recurso interposto pelo Incra em conjunto com a UFG foi acompanhado do parecer do renomado jurista Fábio Konder Comparato. Ao tecer observações quanto à decisão que extinguia a turma especial, Comparato rechaçou a tese de desvio de finalidade por ser um curso de direito para filhos de agricultores: “Seria por acaso inútil saber quais os direitos e deveres fundamentais ligados à propriedade da terra e, especificamente, os estabelecidos nos artigos 184 e seguintes da Constituição Federal a respeito da reforma agrária? É aceitável manter os agricultores sem terra na condição de pessoas necessariamente ignorantes de seus direitos e, na melhor das hipóteses, perpetuamente tuteladas pelo Poder Público?”. *

Respaldo internacional

A turma especial de direito da UFG na cidade de Goiás para assentados e filhos de pequenos agricultores contará em breve com o apoio de 14 entidades do Brasil e do exterior, que firmaram um termo de parceria com o intuito de participar e colaborar na formação dos estudantes. Dentre as instituições que assinam o compromisso estão a Associação dos Juízes Federais (Ajufe), Escola de Governo (São Paulo), Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM-SP), as universidades de Coimbra (Portugal) e Carlos III (Espanha), além de três núcleos de estudos sociais e jurídico da Universidade Federal do Paraná.

A aula inaugural da turma, em 17 de agosto de 2007, foi proferida pelo ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), que já colaborou com a turma em outras duas oportunidades. Juristas, doutrinadores e operadores do direito em várias áreas de todo o país também já estiveram na cidade de Goiás auxiliando a formação dos estudantes.

“Temos um grupo de 60 alunos extremamente assíduo e muito convicto da escolha do curso de direito para seu processo de formação”, revela o coordenador da turma especial, professor José do Carmo Alves Siqueira. Ele ressalta que 20% dos alunos, ao longo de quase três anos de curso, já tiveram trabalhos científicos publicados e selecionados para apresentação em outras instituições do Brasil. Um deles foi destaque no último encontro da Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Direitos Humanos (ANDHEP), vinculada à Universidade de São Paulo (USP).

As aulas da turma especial de direito para assentados da reforma agrária serão retomadas na primeira semana de março de 2010, para início de seu quarto ano letivo.

sábado, 12 de dezembro de 2009

charges sobre a corrupção em Brasília











Polícia Militar agride sindicalistas durante assembleia na Nortene, em Barueri

Chamada pela empresa, Polícia Militar agride, fere e algema sindicalistas e trabalhadores


Sindicalistas e trabalhadores foram violentamente agredidos, detidos e imobilizados pela polícia militar durante assembleia realizada em frente à portaria da Nortene Plásticos Ltda., em Barueri, ontem (10/12/09).

As pessoas agredidas, feridas, detidas, algemadas e colocadas em condição de constrangimento público e que aparecem nas fotos neste informativo são sindicalistas e autorizaram a publicação.

Dentro da truculência empregada de forma generalizada e injustificada pela instituição Polícia Militar, destaca-se a agressividade, despreparo e descontrole do policial identificado como sargento Osmar, que, sem qualquer necessidade, empunhou sua arma e a apontou diretamente para a cabeça de um sindicalista. Ato contínuo, os demais policiais partiram para agressões por meio de socos, pontapés e coronhadas.

Incoerência da Nortene

A assembleia dizia respeito à campanha salarial da categoria do ramo químico. Ela fora previamente acordada entre o sindicato e a própria Nortene durante audiência realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em 01 de novembro. Seu objetivo era o de o sindicato apresentar aos trabalhadores a contraproposta da empresa às reivindicações feitas.

Iniciada a assembleia, a Nortene chamou a Polícia Militar que chegou de forma dura e com determinado objetivo de dispersar a reunião dos trabalhadores, colocá-los à força para dentro da empresa e dispersar os sindicalistas. Logo na chegada, negando-se a qualquer tipo de diálogo, a força policial fez uso de gás de pimenta contra os participantes da assembleia.

Testemunhas ameaçadas pela PM

Além dos sindicalistas, um trabalhador da Nortene foi agredido por um policial e desmaiou. Socorrido no local, recuperou-se. Após a confusão, os policiais passaram a ameaçar de prisão os trabalhadores da Nortene que a tudo presenciaram, caso se dispusessem a testemunhar sobre o que viram.

Denúncias e processos

O Sindicato Químicos Unificados irá processar judicialmente a Nortene, a Polícia Militar e os soldados individualmente por agressão moral, agressão física que provocaram lesões e sangramento, constrangimento moral e ilegal, abuso de poder, uso excessivo e desnecessário de força – além de desproporcional – além da manifesta vontade por palavras e atos de impedir e dificultar a livre organização dos trabalhadores, o que é garantido pela legislação, pela Constituição e por diversos tratados e acordos internacionais dos quais o Brasil é signatário.

Politicamente as denúncias serão encaminhadas às organizações de direitos humanos nacionais e internacionais, à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e às seções relativas da Organização das Nações Unidas (ONU).

Mais detalhes

Para mais detalhes e informações ligue para a Regional Osasco do Sindicato Químicos Unificados no telefone (11) 3608.5411, escreva e-mail para plasquiluta@uol.com.br e/ou para quimicosunificados@quimicosunificados.com.br ou ligue em celulares para Francisco no (11) 7067.7091, Mauro no (11) 4198.1387 e Givanildo (11) 7721.2240 .

Escreva. Proteste!

Encaminhe seu protesto e sua solidariedade contra esta agressão sofrida pelos companheiros trabalhadores da Nortene e de sindicalistas da Regional Osasco do Sindicato Químicos Unificados, que estavam tão somente exercendo seu livre e legalmente direito de organização durante campanha salarial na data base da categoria.

NORTENE - Escreva para a Nortene Plásticos no endereço de e-mail: izabel@nortene.com.br . O endereço físico é avenida Dr. Dib Sauaia Neto, 4628, em Barueri/SP. Os telefones são (11) 4166-3070 (11) 4166-3070 , (11) 4166-3009 (11) 4166-3009 e o fax (11) 4166-3014. O website divulgado é o www.nortene.com.br


POLÍCIA MILITAR - email: ouv-policia@ouvidoria-policia.sp.gov.br

SINDICATO QUÍMICOS UNIFICADOS – por favor, encaminhe sempre com cópia para o Sindicato Químicos Unificados – e-mail: quimicosunificados@quimicosunificados.com.br

Rede Social de Justiça e Direitos Humanos homenageia MST

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi homenageado pela Rede Social de Justiça e Direitos Humanos na noite desta quarta-feira (9/12), durante o lançamento da 10ª edição do Relatório Direitos Humanos no Brasil, em São Paulo.


O agricultor Benedito Osmar, assentado há oito anos na Comuna da Terra Irmã Alberta (localizada na grande São Paulo), recebeu o prêmio em nome do Movimento – que representou, por sua vez, as mais de cem entidades reconhecidas pela Rede Social como parceiras na luta contra violações de direitos humanos no Brasil ao longo da última década.

A atividade contou com apresentações musicais (que foram do rap à música erudita), exibição de um vídeo que contou a história da Rede Social e saudações de D. Tomás Balduíno (CPT), João Paulo Rodrigues (MST), Jô Brandão (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas - Conaq) e Frei João Xerri, fundador do Grupo Solidário São Domingos.

“A Rede Social é prima-irmã do MST e dos movimentos da Via Campesina. Queremos agradecer a solidariedade que tivemos de vocês nesses dez anos e dizer que, junto da Rede, continuaremos lutando em 2010. Enquanto os ruralistas aprovaram uma CPMI para deslegitimar a Reforma Agrária, recebemos o apoio solidário da Associação de Juízes pela Democracia, e as pastorais sociais definiram que vão discutir o limite da propriedade da terra ao longo do ano que virá”, lembrou.

Frei João Xerri leu uma carta em que o advogado Aton Fon Filho, que também integra a Rede Social, agradece aos Sem Terra “por tudo que nos ensinaram eles em 25 anos de sua existência e 10 anos da nossa, por fazerem avançar a compreensão e a realização dos direitos humanos no Brasil e no mundo” (leia abaixo o texto na íntegra).

No final da atividade, a atriz e integrante do Movimento Humanos Direitos Letícia Sabatella leu um poema em homenagem a Lilia Azevedo, fundadora da Comissão Dominicana de Justiça e Paz e do Grupo Solidário São Domingos, morta no ano passado.

Relatório

O Relatório Direitos Humanos no Brasil 2009 aponta, no primeiro capítulo, a persistência dos índices de violência contra camponeses, indígenas e quilombolas, o aumento do trabalho escravo em regiões de expansão do agronegócio e da impunidade no campo, entre outros temas. Um exemplo da manutenção do quadro de violações de direitos humanos no país é o número de assassinatos no meio rural. Em 2008, foram 28, índice maior do que o registrado na primeira edição do documento, lançada em 1999 - que apontou 27 mortes.

A segunda parte do documento enfoca os direitos humanos no meio urbano e aborda temas como segurança pública e violência no estado do Rio de Janeiro, o sistema prisional no Brasil e violações contra crianças e adolescentes. Dados sobre direito à educação e ao trabalho, desigualdade social e a situação da saúde, bem como políticas internacionais, também são apresentados no relatório.

Carta em homenagem ao MST

Aton Fon Filho

"A aproximação dos direitos humanos é uma aproximação à condição humana, à condição de humanidade. Produto de sua própria ação coletiva sobre a natureza, os seres humanos – no plural – se diferenciam dela e se reconhecem a si mesmos.

Quando falamos da indivisibilidade dos direitos humanos, atentamos, mais freqüentemente, para o fato de que não podemos admitir omissão de respeito a um deles, sob o argumento da prioridade da proteção a outro.

Mas há outra face dessa indivisibilidade, que resulta do número do adjetivo que qualifica os direitos humanos:
Sendo direitos que dizem respeito a todos os seres humanos, o fato de que um único deles tenha os seus violados, implica reconhecer que toda a humanidade foi igualmente vitimada.

Nascido há 25 anos como herdeiro das lutas históricas dos trabalhadores do campo pela conquista da reforma agrária, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra saltou do berço já com a força da ação coletiva, unificando os camponeses em torno do ideal comum.

Ferido pela indivisibilidade do desrespeito aos direitos humanos, o MST incorporou à demanda da partilha da terra a demanda dos direitos à liberdade, à saúde, à educação, a demanda de todos os direitos que figuram no cardápio da condição humana.

Seus inimigos, os inimigos dos direitos humanos, como aqueles encastelados no Ministério Público gaúcho, acusam-nos de serem políticos, como se direitos políticos não fossem direitos humanos; acusam-nos de não lutar mais pela terra, agregando exigências de proteção ambiental, de direitos culturais, de ações afirmativas para grupos desfavorecidos e até – PASME-SE! – de igualdade de gênero.

Mas o reconhecimento da indivisibilidade dos direitos humanos pelo MST foi além dos direitos e alcançou também a própria condição de seus titulares. Somaram-se os trabalhadores sem-terra quando os indígenas se viram ameaçados em seus direitos às terras, à identidade e à sobrevivência física e cultural. Os braços erguidos com as bandeiras dos quilombolas de Alcântara, no Maranhão; do Sapê do Norte, no Espírito Santo; da Marambaia, no Rio de Janeiro encontraram suporte na força dos trabalhadores sem-terra.

E mesmo do outro lado do mundo, quando do cerco e bombardeio por Israel da sede da Autoridade Nacional Palestina, a presença do MST nos ajudou a nós brasileiros a entender que uma bofetada dada no rosto de qualquer ser humano, em qualquer parte do mundo, deve ser sentida por nós em nossa própria carne.

Agora, o MST está sob o fogo das katias do latifúndio e nós da Rede Social sentimos em nosso rosto a agressão contra os trabalhadores sem-terra e contra a humanidade.

Por tudo que nos ensinaram eles em 25 anos de sua existência e 10 anos da nossa;

Por fazerem avançar a compreensão e a realização dos direitos humanos no Brasil e no mundo, a Rede Social de Justiça e Direitos Humanos lhes traz nossa homenagem e nossos agradecimentos.

OBRIGADO, MST!"

A semana vista pelo PSOL

Yeda planeja destinar R$ 2 bilhões para o superávit primário em 2010

Nesta semana foi sancionado o orçamento do estado do Rio Grande do Sul para 2010. O governo estadual planeja fazer um superávit primário (ou seja, a reserva de recursos para o pagamento da dívida) de nada menos que R$ 2 bilhões. Esse dinheiro representa mais que todo o valor previsto para a segurança pública neste ano, ou 17 vezes o valor proposto pelo governo para a Consulta Popular em 2010. Esse valor também representa 11 vezes os gastos previstos para a assistência social em 2009.

A dívida do Rio Grande do Sul começou a crescer principalmente devido às altas taxas de juros do governo FHC. Ao final dos anos 1990, a maior parte dessa dívida foi assumida pelo governo federal e passou a aumentar devido à correção pelo índice IGP-DI, que desde então acumulou índice de 196% desde 1997, enquanto o IPCA foi de somente 119%.

Aposentadorias: governo não quer cumprir nem o acordo com as centrais

O ministro da Previdência anunciou nesta sexta-feira, 11, que somente estão disponíveis R$ 3 bilhões para o reajuste para os aposentados que ganham acima de um salário mínimo. O que contraria até mesmo o acordo feito anteriormente com as centrais sindicais, de reajuste equivalente a 80% da variação real do PIB de 2008, o que resultaria em um reajuste de somente 4% acima da inflação. Os R$ 3 bilhões somente garantiriam 50% do aumento do PIB, resultando num reajuste mais irrisório ainda: de 2,5% acima da inflação.

Enquanto os aposentados têm de lutar muito para obter migalhas do orçamento, centenas de bilhões de reais são gastos no pagamento da dívida pública. Tais reajustes propostos pelo governo são irrisórios frente às perdas históricas dos aposentados, que também sofrem com o fator previdenciário, criado pelo governo FHC, e que o governo Lula se recusa a extinguir.

PIB deve cair em 2009

O IBGE divulgou ontem que o PIB do terceiro trimestre deste ano cresceu somente 1,3% em relação ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período de 2008, houve queda de 1,2%. Ou seja: o nível de atividade econômica ainda está abaixo do observado no ano passado.

Dessa forma, o mais provável é que o PIB caia neste ano. Interessante ressaltar que, de acordo com a fórmula para as aposentadorias, negociada pelo governo com as centrais sindicais, não haverá nenhum aumento em 2011.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Reeleito, Evo prega unidade e promete avançar na mudança



Diante de uma multidão delirante, que encheu a Plaza Murillo, em La Paz,
Morales chamou seus adversários a "servirem", em conjunto, à Bolívia. "Faço um apelo às autoridades que não querem trabalhar com Evo, a prefeitos, empresários, cívicos, intelectuais, que venham servir a Bolívia. Que venham trabalhar pelo povo boliviano, porque somos da cultura do diálogo", disse ele em tom sereno e conciliador.

"Agora sim temos o caminho aberto, nos entendendo como bolivianos, o caminho aberto ao diálogo com vários setotes para aplicar a Constituição aprovada em janeiro pelo povo", acrescentou. De acordo com os dados obtidos pelas empresas de sondagens de opinião, pelo método de contagem rápida de alta confiabilidade, Morales obteve 63% dos votos, contra os 28% de seu principal rival, o ex-militar de direita, Manfred Reyes Villa, e 6% do empresário Samuel Doria Medina.

Sem mencionar nomes, nem mesmo dos seus adversários eleitorais, o presidente pediu aos líderes cívicos - principalmente das regiões de Santa Cruz (Leste), Beni (nordeste) e Pando (norte), palco da oposição no qual, em 2008, emergiu uma tentativa de golpe - que trabalhem longe de interesses setoriais e regionais, e pelo desenvolvimento do país andino amazônico.

"Aos cívcos destas regiões, que venham trabalhar para servir ao povo. Independentemente de quaisquer reivindicações setoriais, regionais, em primeiro lugar está a Bolívia", disse ele. "Jamais exerceremos políticas de intimidação, assédio ou regalias", prometeu, em sua mensagem à oposição interna, que manteve suas posições eleitorais nas regiões do oriente rico e dos amazônicos Beni e Pando.

A vitória incontestável nas urnas permitirá a Evo controlar, com mais de dois terços de seus componentes, a bicameral Assembleia Legislativa Plurinacional (ALP), sucessora do Congresso, que se instalará em 22 de janeiro do próximo ano, quando o presidente também será empossado para um novo mandato até 2015.

Morales firmou que o apoio popular que recebeu nas urnas aponta a necessidade de acelerar o processo de mudanças estruturais que começou na sua primeira gestão, sublinhado pela industrialização do país mais pobre da América do Sul, cujo desempenho econômico se acelerou, entre 2006 e 2008, como nunca antes em 184 anos de história.

" Temos a enorme responsabilidade com a Bolívia, mas também com a vida e a humanidade, de aprofundar e acelerar o processo de mudança", insistiu. "O fato de obter mais de dois terços (da ALP) me obriga a acelerar esse processo", completou.

Morales, 50 anos, presidente com maior apoio popular na história política deste país que é campeão de instabilidade institucional na América Latina, dedicou seu triunfo eleitoral aos países e governos que apoiaram sua enunciada "revolução democrática e cultural", em referência aos signatários da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA) e aos governos e aos líderes da Europa e da Ásia, que sustentaram seu governo de esquerda.

"A vitória na Bolívia não é só para os bolivianos; este triunfo da população boliviana é, principalmente, um justo reconhecimento, é dedicado aos presidentes, governos, nações antiimperialistas", disse ele. Um conciliador Morales, que obteve sua sexta vitória eleitoral entre 2005 e 2009, se disse convencido de que as mudanças podem ser operadas nas urnas, longe do caminho de violência e com o apoio popular.

"O povo, com sua participação, mostra que é possível mudar a Bolívia com base no voto do povo boliviano", disse ele, ao mesmo tempo em que prestou homenagem ao espírito democrático de seus compatriotas. "Hoje, a Bolívia mais uma vez demonstra o compromisso com a democracia, uma revolução democrática, cultural à serviço do povo. Mais uma vez o povo boliviano faz história, graças à consciência do povo. O que hoje viu o povo boliviano é a forma de avançar como um projeto", disse ele.

Ele declarou ainda que, "com mais de 63% (dos votos), quase 64%, foram impostas estas mudanças na economia, no desenvolvimento estrutural e econômico". Morales reconheceu que seu plano para o país e o governo não conseguiu ancorar em Santa Cruz, Beni e Pando, mas sublinhou, em contrapartida, os ganhos eleitorais que experimentou nas eleições do domingo em outros redutos nos quais reverteu as preferências políticas, a exemplo dos departamentos de Chuquisaca ( Sudeste) e Tarija (sul), atualmente governados por fortes opositores, mas onde agora alcançou a maioria.

"Se bem não pidemos ganhar em todos os departamentos, por outro lado, avançamos, felizmente, em outros departamentos, que nunca tínhamos vencido. Isso mostra que seguimos somando neste processo", exaltou. Ele deixou claro o compromisso com ou plano de governo do Movimento Ao Socialismo. "Temos a obrigação de cumprir um programa de governo que dá muita esperança ao povo boliviano", insistiu.

O novo mapa político indica que o presidente recebeu votos de diferentes classes sociais e não só das comunidades indígenas (que representam cerca de 50% do país, mas não são unânimes em relação a Morales). "Era falso dizer que a classe média tinha me abandonado", disse.

Durante o discurso, Morales foi interrompido várias vezes pelos simpatizantes. Aos gritos de "Evo de novo", o povo erguia bandeiras do país e a whipala, símbolo das comunidades indígenas. Ao concluir a fala de 30 minutos, gritou aos presentes: "pátria ou morte", recebendo como resposta "venceremos".

As ramificações do panetone

Até aonde chegará a lama do Arruda duto? Investigações apontam que mensalinho pode ter filiais em São Paulo, capital de Kassab e estadual de Serra!


Qual o poder de contaminação dos escândalos da administração José Roberto Arruda na aliança PSDB-DEM? O tempo e as investigações vão mostrar. Por enquanto, é possível seguir o novelo de Brasília até o governo estadual paulista e a prefeitura da capital.

A Uni Repro Serviços Tecnológicos Ltda., empresa apontada em gravações como responsável por repasses de dinheiro ao subsecretário de Saúde e presidente do PPS no Distrito Federal, Fernando Antunes, mantém 35 contratos com o governo do estado de São Paulo, no valor total de 38 milhões de reais. Em uma transcrição de conversa gravada em vídeo, a diretora-comercial da empresa, Nerci Bussmra, diz que Antunes teria pedido dinheiro “para o partido dele” e “para ajudar o Freire (o ex-deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS) em São Paulo”. Freire negou envolvimento e disse não ter dado autorização a ninguém para pedir dinheiro em seu nome.

No governo Serra, a Uni Repro firmou contratos entre 2002 e 2009 para prestação de serviços às secretarias estaduais de Saúde, Educação, Esportes e de Direitos da Pessoa com Deficiência e a órgãos e empresas estatais como o Instituto Florestal, Sabesp, Nossa Caixa (incorporada recentemente ao Banco do Brasil), Companhia do Metropolitano (Metrô), Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). Os contratos, ainda em vigor, preveem a locação de máquinas copiadoras analógicas, confecção e fornecimento de impressos e serviços de reprografia, heliografia, plastificação e encadernação, entre outros.

Na gestão Kassab, a Uni Repro recebeu 48,1 milhões de reais por diversos contratos entre 2006 e 2009. A empresa começou a fornecer serviços de fotocópia à Secretaria de Saúde Municipal e depois foi recontratada por outras secretarias e subprefeituras. Outra empresa citada no esquema do DEM em Brasília, a Call Tecnologia, também presta serviços à Prefeitura de São Paulo e recebeu, de fevereiro de 2006 até novembro deste ano, 58,8 milhões de reais.

Saíram dos cofres da Prefeitura de São Paulo, no total, 106,9 milhões de reais- para as duas empresas envolvidas no escândalo. Segundo a Secretaria de Saúde, os contratos “foram baseados na Lei de Licitações”. Kassab afirmou ter havido “muita transparência” e disse que a prefeitura “está aberta a colaborar com as ações do Ministério Público”. A CPI do IPTU na Câmara Municipal de São Paulo chegou a investigar a Call Tecnologia por suspeita de fraudes. Na quarta-feira 2, o vereador Antonio Donato (PT) pediu à Câmara Municipal de São Paulo a convocação dos dirigentes da Uni Repro para depor sobre as denúncias. A empresa não se manifestou.

Outra figura envolvida no escândalo do DF foi alvo de denúncias e investigações em São Paulo: Virginia Wady Debes Pacheco. Segundo ficha cadastral da Junta Comercial de São Paulo emitida em março deste ano, ela é uma das sócias da Uni Repro, ao lado de Carlos Alberto Pacheco. A mesma Virginia aparece, em ficha emitida na terça-feira 1º, como sócia da AMP – Serviços de Diagnóstico por Imagem Ltda., conhecida pelo nome fantasia Amplus. Esta empresa foi denunciada em abril à Procuradoria da República de São Paulo.

A Amplus foi contratada pela prefeitura paulistana em março de 2006, ainda na gestão de Serra, para oferecer serviços de diagnóstico por imagem, em um período de três anos, no valor de 108 milhões de reais. Dois anos depois, o Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM) julgou irregulares o pregão, o contrato e o seu aditamento. Determinou, então, a suspensão do acordo.

A Secretaria Municipal de Saúde demorou oito meses para cumprir a ordem do TCM. A prefeitura definiu novos operadores do serviço no ano passado, a apenas quinze dias do fim do contrato. A Amplus ainda entrou na mira do Ministério Público -do--- Trabalho por causa de fraudes trabalhistas e sonegação de ao menos 1,2 milhão de reais ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), com a utilização de 33 empresas de fachada ou cooperativas de mão de obra irregulares. A InfoEducacional, mais uma empresa citada na Operação Caixa de Pandora, teve contratos com os governos tucanos de São Paulo, entre 2004 e 2006, no total de 12,8 milhões de reais.

Além de ver o DEM, o seu fiel parceiro político, se desintegrar em meio à exibição de vídeos em que políticos do partido aparecem guardando dinheiro na cueca e nas meias, o governo paulista do PSDB enfrentou outros dissabores. Ao concluir o relatório da Operação Castelo de Areia – investigação sobre denúncias de evasão de divisas e lavagem de dinheiro envolvendo diretores da Construtora Camargo Corrêa –, a Polícia Federal citou remessas de dinheiro possivelmente feitas ao Palácio dos Bandeirantes, em 30 de setembro de 1996, no total de 45 mil dólares.

O documento da PF cita outras anotações de um suposto pagamento a Aloysio Nunes Ferreira, hoje chefe da Casa Civil do governo Serra. Em 14 de setembro de 1998, quando disputava uma vaga a deputado, Aloysio teria recebido 15 mil dólares. Teriam sido enviados recursos também ao peemedebista Michel Temer, atual presidente da Câmara dos Deputados, entre 1996 e 1998, no total de 345 mil dólares. Ferreira e Temer negaram o recebimento. O presidente da Câmara classificou a citação a seu nome de “infâmia”. Também o diretório do PSDB em São Paulo teria sido beneficiado, em 24 de julho de 1996, com 200 mil dólares.

Na terça 1º, o Ministério Público Federal ofereceu nova denúncia contra os diretores da Camargo Corrêa Pietro Giavina Bianchi, Darcio Brunato e Fernando Dias Gomes, além do doleiro Kurt Paul Pickel, por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e evasão de divisas. Segundo as investigações, a empreiteira teria pago propina em três obras públicas nas quais venceu a licitação: na construção de embarcações petrolíferas no Rio de Janeiro, na construção de hospitais em cinco cidades do Pará e em uma obra para a prefeitura de Caieiras, na Grande São Paulo. No Pará, de acordo com manuscritos apreendidos em pastas e pen drives de um dos diretores da empreiteira, o dinheiro teria sido entregue a dois partidos: o PT e o PMDB.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Tribunal Popular em Campinas – denúncia da política de criminalização da pobreza e dos movimentos sociais!

Higienização Social!

Cada vez mais os governos e as elites no Brasil criminalizam a pobreza e os movimentos sociais organizados e agem com violência contra os mesmos. Esta postura faz do Estado brasileiro nas diferentes esferas, uma máquina de contenção e repressão dos insatisfeitos e de “limpeza” da parcela considerada como “sobra ou excedente” do conjunto da sociedade.
As violações de direitos humanos, agressões, torturas e mortes estão presentes no dia a dia das comunidades submetidas à pobreza e da classe que vive do trabalho.

Para convencer a opinião pública de que são bem intencionados, usam conceitos como “modernidade” ou “revitalização”, mas, na realidade adotam projetos que envolvem muito dinheiro e interesses dos poderosos e, querem expulsar dos territórios de interesse do capital financeiro e imobiliário, tudo aquilo que os atrapalhem. São adotadas políticas de higienização e limpeza social, para se livrarem das pessoas que sobram do modelo excludente.

Em Campinas, isso vem ocorrendo com maior intensidade, desde o mês de outubro, com operações denominadas de “Tolerância Zero” e “Bom dia morador de rua”, realizadas em conjunto pela Prefeitura de Campinas e Polícia Militar do estado de São Paulo.

Apoiados pela elite abastada que financia campanhas, por setores conservadores e outros ditos progressistas e pelos grandes meios de comunicação, impõem intervenções territoriais e ações violentas, que afrontam direitos humanos e escondem a insuficiência ou ausência de políticas públicas sociais para atendimento de demandas de emprego, arte e cultura, educação, saúde, assistência social entre outras.

O “consenso” está sendo construído por meio de um mar de mentiras contadas à população, pela propaganda oficial e pela omissão de muitos profissionais e entidades que atuam na área.

Nós decidimos não nos calar, apesar do aparente consenso e grande apoio da opinião pública. Por isso, estamos organizando uma “Tribuna Popular” onde discutiremos a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais e apresentaremos denúncias de violências e abusos cometidos nessas operações que não tiveram espaço nos noticiários e nas propagandas oficiais.

Além disso, lançaremos em Campinas um Núcleo do Tribunal Popular, como espaço de reflexão e denuncia de violações de direitos humanos.

TRIBUNAL POPULAR – ANÁLISES – DENÚNCIAS - Ato contra a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais!!

10 de Dezembro, às 15 horas, no Auditório do Centro de Pastoral Pio XII – Rua Irmã Serafina, 88 - Bairro Bosque, Campinas

Programação:

15:00 – Mesa de análise sobre higienização e violência
16:00 – Tribuna com depoimentos
17:00 – Debate
17:30 – Considerações finais
18:15 – Caminhada até o Fórum Central, 19:15 – Ato
20:00 – Encerramento

Comissão Pró-Tribunal Popular em Campinas

FORA ARRUDA E TODA MÁFIA - Nota do movimento, convite e abaixo-assinado

Olá pessoal,

Estamos ocupando há três dias a Câmara Legislativa de Brasília, e desde
então estamos realizando debates, exibindo vídeos, organizando oficinas,
rádio web, vídeos, assembléias, atos políticos abertos a todas as pessoas
interessadas em compartilhar uma vivência política, o espaço se tornou o
viva a voz do povo. Pela primeira vez diferentes segmentos da sociedade
civil ocupam o recinto, os debates anteriormente feitos a portas fechadas
agora estão abertas a escutar os anseios da população. Infelizmente a nem
todo mundo isso agrada. O cabo Patrício (PT-DF) presidente interino da
Câmara Legislativa do DF assinou o mandato de reintegração de posse, sendo
que havia acordado com o movimento que não faria isso se a as/os ocupando
disponilizassem o espaço da plenária para que os deputados viessem
trabalhar. Acordo feito, entretanto os/as deputados/as da base governista
não vieram. Não estamos obstruindo os serviços da câmara, entretanto
persistem em nos acusar de algo que não estamos fazendo. O Leonardo Prudente
(DEM) atual presidente da câmara afastado deve renunciar, com isso o cabo
Patrício (seu vice e atual interino) cae imediatamente, e o DEM reassume a
câmara já que detém boa parte da bancada governista. Cogita-se o nome da
Eliane Pedrosa (DEM) a mesma que esteve envolvida no escândalo dos
cemitérios de Brasília.

Dessa forma, denunciamos o cassino que virou a câmara legislativa e
convocamos a todos/as a participar e opinar na ocupação. Quem está fazendo a
reintegração de posse é o povo que quer ver justiça., enquanto outos/as
querem manter suas posses econômicas exorbitantes as custas da miséria da
população.
Acompanhe,
http://foraarrudaetodamafia.wordpress.com/

*Assine abaixo-assinado no site:
*

http://www.foraarruda.com/juntese.php

*ACOMPANHE TAMBÉM NO LINK "AGENDA" AS PRÓXIMAS MANIFESTAÇÕES POPULARES E
PARTICIPE!*

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Convite para Assembléia Popular na ocupação da Câmara Legislativa do DF

ASSEMBLÉIA POPULAR debate os PROBLEMAS DA CIDADE e denuncia os CRIMES
cometidos pelo GDF, Arruda e sua Máfia (e o Roriz não fica de fora!) contra
a população.

LOCAL, PLENÁRIO DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL

HOJE, SEXTA-FEIRA, 04 de dezembro, 15h
Assembléia Popular Pauta: Especulação Imobiliária (Setor Noroeste,
Estrutural/Mongiolo, PDOT)

SÁBADO, 05 de dezembro, 15h
Assembléia Popular Pauta: Transporte Público Coletivo e Mobilidade Urbana

Neste espaço o povo manda e o governo obedece!
Traga documentos e depoimentos denunciando os crimes do GDF!
Participe de uma verdadeira Assembléia Popular na CLDF, durante a ocupação
do Movimento FORA ARRUDA E TODA SUA MÁFIA!

A casa do povo finalmente está aberta!

Somos todos sem terra

Mandato Chico Alencar PSOL/RJ

A criminalização das legítimas lutas sociais do MST, o objetivo não explicitado que motivou a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o movimento, coloca em risco a frágil democracia existente no país. As entidades, os movimentos, os partidos, os sindicatos e centrais, os intelectuais do Brasil e do mundo que firmaram o manifesto contra a violência do agronegócio e a criminalização das lutas sociais, em defesa do MST, compreendem que não é hora de silêncio e de passividade. Ao contrário, é preciso espalhar manifestações em todos os estados e em todos os países para que as corporações do agronegócio e a direita saibam que os que lutam pela democracia e pelos direitos sociais assumiram a consigna "Somos Todos Sem Terra!".
Você está convidado para o ato que será realizado no dia 9 de dezembro (quarta-feira), às 18 horas, na Associação Brasileira de Imprensa - ABI. Esta atividade tem caráter nacional e reunirá lideranças dos movimentos e personalidades, para impulsionar um massivo movimento contra a criminalização das lutas sociais. O Ato pretende denunciar a manipulação da mídia no episódio da ocupação das fazendas controladas irregularmente pela Cutrale, o intento de impedir a revisão dos índices de produtividade agrícola e o objetivo dos setores dominantes de empreender uma vasta ofensiva contra os movimentos que legitimamente lutam pelo bem viver dos povos.

9 de dezembro (quarta-feira), às 18 horas,
na ABI - Rua Araújo Porto Alegre, 71 - 9º andar

A semana vista pelo PSOL

Mandato Luciana Genro PSOL/RS

Fusão de empresas deixa país à mercê dos cartéis

Nesta sexta-feira, o grupo Pão de Açúcar, que já havia comprado em junho o Ponto Frio, anunciou a fusão com as Casas Bahia. Assim, o grupo terá 1.582 lojas, em 337 municípios, de 18 estados, e no Distrito Federal, com 140 mil funcionários e faturamento anual de R$ 40 bilhões. Enquanto isso, o Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, sobrecarregado com a grande quantidade de fusões e aquisições no mercado, e com pouquíssimo pessoal, demora para julgar tais operações. E quando julga, tende a aprová-las.

O alto nível de oligopolização do mercado brasileiro torna ainda menor o poder de barganha dos consumidores e trabalhadores das empresas, aumentando o poder da burguesia nacional. Desta forma, um grande número de produtos termina sendo vendido por poucas ou uma só empresa, e não há concorrência. Assim os empresários podem definir mais livremente os preços de diversos produtos, inclusive aqueles essenciais à sobrevivência.

E, depois, o Banco Central ainda alega que tem de subir os juros para controlar a inflação, fazendo a festa do setor financeiro.

‘Minha Casa Minha Vida’ somente atende a 1,4% da demanda

De março a novembro, o programa ‘Minha Casa Minha Vida’ somente financiou 176 mil casas, frente a uma meta total de 1 milhão de casas. Porém, o déficit habitacional brasileiro é de 8 milhões, segundo o próprio Ministério das Cidades. Além disso, existem no país mais 11,2 milhões de moradias inadequadas, ou seja, com carência de serviços como energia elétrica, abastecimento de água, rede de esgoto, falta de coleta de lixo, qualidade ruim do material de cobertura, ausência de banheiro ou em local indevido.

Além do mais, analisando-se os números do programa, vemos que ele não foi direcionado para o público-alvo correto. Enquanto as famílias com renda de até três salários mínimos respondem por mais de 90% do déficit habitacional brasileiro, essa faixa somente financiou 102 mil imóveis. Portanto, até o momento, o Minha Casa Minha Vida atendeu somente a 1,4% da demanda dessa faixa de renda, sem sequer considerarmos a demanda proveniente dos domicílios inadequados.

Servidores públicos preparam greve

Com suas reivindicações não atendidas pelo governo Lula, que descumpriu acordos, servidores públicos ligados a 10 órgãos preparam um levante contra o governo federal. Alguns exemplos são os técnicos administrativos do Ministério do Trabalho (que paralisaram superintendências regionais do Trabalho no Distrito Federal e em 22 estados), servidores do Inpi – Instituto Nacional da Propriedade Industrial, do Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, da Ciência e Tecnologia, administrativos do Ministério da Fazenda, da Tecnologia Militar, funcionários do Ministério do Meio Ambiente, do Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e do Instituto Chico Mendes, e os servidores do FNDE – Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

Enquanto o governo tenta dizer que o país vai bem, os servidores públicos mais uma vez se mobilizam em grande número, para mostrar quem está pagando pela crise.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O PSOL DENUNCIA A CORRUPÇÃO DO GOVERNADOR ARRUDA E PEDE CADEIA PARA TODOS OS LADRÕES!

Mais uma vez Brasília aparece no noticiário nacional como uma terra de corruptos e ladrões. Conforme as denúncias nos principais jornais e televisões do país, dessa vez quem chefiava a quadrilha e a roubalheira era o governador Arruda, o vice-governador Paulo Otávio, o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Leonardo Prudente e vários outros deputados e altas autoridades do governo e de empresários que roubavam o dinheiro de nossos impostos.

O PSOL – Partido Socialismo e Liberdade, através de seu candidato a governador em 2006, já denunciava o passado do então candidato José Roberto Arruda por seu envolvimento em várias falcatruas, como foi o caso da violação da votação do painel do Senado, e pedia ao povo do Distrito Federal que votasse de forma consciente para impedir que corruptos assumissem o governo de nossa Capital. Nosso apelo foi em vão, já que a população elegeu Arruda, o governador.

Mais corrupto da história do Distrito Federal conforme o teor das denúncias veiculadas, que talvez só perca para Joaquim Roriz nesse quesito, cujo governo também continua sendo alvo de investigações de corrupção e trapaças até hoje.

Denunciávamos também que uma campanha política bilionária, com milhares de cabos eleitorais pagos, com compra de votos e o uso Da máquina administrativa do governo do Distrito Federal, teriam como consequência um governo dominado pelos interesses dos donos das empresas e dos políticos do esquema fraudulento de financiamento das campanhas.

É estarrecedor e repugnante o teor das denúncias e as comprovações através das imagens de Arruda, Paulo Otávio, Leonardo Prudente, Eurides Brito, Pedro do Ovo, o Secretário de Educação José Valente, o chefe da Casa Civil José Geraldo Maciel, o Secretario Fábio Simão, o chefe da Assessoria de Imprensa Omézio Pontes recebendo pacotes de dinheiro e escondendo nos paletós, nas meias, nas cuecas e nas bolsas, conforme as imagens mostradas pelo “Fantástico” na noite do último domingo. Deu nojo ver esse tipo de atitude de políticos eleitos pelo voto popular! Pensávamos que episódios como o “mensalão”, que havia alcançado a cúpula do PT não voltaria ao cenário político do país. No entanto, não é isso que estamos assistindo. A podridão continua.

O que nossa população espera do Poder Judiciário, das autoridades policiais é que todos os corruptos sejam presos, que devolvam aos cofres públicos os milhões que roubaram do nosso povo e que eles nunca mais possam se candidatar a nenhum cargo público. Como esses corruptos não têm um mínimo de dignidade e vergonha na cara, ainda vão tentar justificar que o dinheiro era para “ajudar” os mais pobres, era para distribuir “panetones” aos carentes, etc., etc. Essa tem sido a versão divulgada pela assessoria do governador. Isso nos revolta ainda mais!

O Partido lança um conjunto de propostas para mobilizarmos a população e as pessoas honestas, que felizmente, são a maioria, para darmos um basta nessa situação:

1- Continuar as investigações, pois elas ainda não chegaram às milionárias empreiteiras que tomam conta de todas as obras públicas do Distrito Federal e nem às prestadoras de serviços ao GDF que mantém contratos com várias secretarias do governo do GDF. Imaginem quanto de dinheiro elas não repassaram ao esquema chefiado pelo Governador Arruda, Paulo Otávio e seus comparsas;

2- O PSOL protocolará, amanhã, terça feira, dia 01 de dezembro de 2009 na Câmara Legislativa, o pedido de impeachment do governador e do vice-governador e da aplicação das penas cabíveis por esses crimes, além de propor o afastamento de todos os parlamentares distritais envolvidos no esquema de corrupção comandados pelo governador Arruda;

3- Investigar porque os meios de comunicação do DF, com exceção da Rede Globo de Televisão, estão tentando esconder os fatos da população. Quanto de dinheiro o Arruda não passou a esses jornais e emissoras de rádio e televisão para comprar o seu silêncio. De acordo com o resultado das investigações, vamos

pedir o fim das concessões públicas dessas empresas junto ao Ministério das Comunicações se ficar comprovado envolvimento com o esquema;

4- Estaremos recolhendo assinaturas entre a população para pedir o “IMPEACHMENT” de Arruda e de todos os denunciados no esquema criminoso, além de exigir a antecipação das eleições no Distrito Federal, uma vez que toda a linha sucessória do poder local está envolvida na podridão: Arruda (governador), Paulo Otávio (vice-governador), Leonardo Prudente (presidente da

Câmara Distrital do DF);

5- O PSOL também entrará com a devida ação judicial exigindo o confisco de todos os bens dos corruptos, a começar por Arruda e por Paulo Otávio, e a consequente devolução do dinheiro desviado, aos cofres públicos. Enquanto tal medida não se efetiva, os movimentos populares por moradia deverão propor em suas Assembleias e instâncias deliberativas, ocupar todos os prédios e apartamentos da empresa de Paulo Otávio que estejam desocupados, como forma de ressarcimento dos prejuízos causados ao erário público pelo vice-governador;

6- Devemos exigir a quebra dos sigilos fiscal e bancário, de todos os envolvidos e de todos os seus familiares, para descobrir onde a quadrilha escondeu o produto do assalto aos cofres do Governo do Distrito Federal.

7- O PSOL propõe a formação de um amplo movimento de combate à corrupção, com atividades de mobilização em todas as cidades do Distrito Federal, exigindo a imediata renúncia de Arruda e de todos os envolvidos no esquema fraudulento, até que seja concluído o processo de impeachment da quadrilha que ainda governa hoje o Distrito Federal e que todos os seus integrantes estejam presos na Papuda.

Com essas medidas, esperamos que se faça justiça e que nunca mais se elejam corruptos para governar a capital de nosso país.

CHEGA DE CORRUPÇÃO E DE BANDITISMO EM BRASÍLIA E NO BRASIL!

Brasília, 30 de novembro de 2009.

PSOL – Partido Socialismo e Liberdade

Distrito Federal

PSOL pedirá impeachment de Arruda e antecipação da eleição para governador do DF

O PSOL divulgou nota hoje informando que entrará amanhã com pedido de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (DEM) na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O governador do DF é investigado por suposta participação num esquema de corrupção. O suposto esquema envolvia o pagamento de propina a parlamentares da base. O dinheiro viria de empresas que prestam serviços ao governo do DF.

O PSOL informa que também pedirá o impeachment do vice-governador. Paulo Octávio (DEM). O partido pedirá ainda "a aplicação das penas cabíveis por esses crimes, além de propor o afastamento de todos os parlamentares distritais envolvidos no esquema de corrupção comandados pelo governador Arruda".

Enquanto não entra com o pedido de impeachment, o PSOL exige a "imediata renúncia de Arruda e de todos os envolvidos no esquema fraudulento".

Na nota, o PSOL informa que pedirá a antecipação das eleições para governador do DF, pois a linha de sucessória de Arruda também estaria envolvida com o esquema de corrupção.

Pela Constituição Federal, o vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octavio (DEM), deve assumir o mandato num eventual impeachment de Arruda. Octavio, porém, também é mencionado em gravações da Polícia Federal como suposto participante do esquema de pagamento de propina por ser proprietário da construtora Conbral --acusada de repassar dinheiro para os envolvidos.

Nesse caso, o presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente (DEM), teria que assumir o mandato, mas ele também é citado como suposto participante do esquema.

Se o vice-governador e o presidente da Câmara forem declarados impedidos de assumir o cargo num eventual impeachment de Arruda, a OAB afirma que o presidente do Tribunal de Justiça do DF teria que assumir temporariamente o cargo até que sejam realizadas novas eleições para a escolha do governador.

Mas a Lei Orgânica do DF diz que nesse caso quem assume é o vice-presidente da Câmara, o deputado distrital Cabo Patrício (PT).

"Estaremos recolhendo assinaturas entre a população para pedir o impeachment de Arruda e de todos os denunciados no esquema criminoso, além de exigir a antecipação das eleições no Distrito Federal, uma vez que toda a linha sucessória do poder local está envolvida na podridão: Arruda (governador), Paulo Otávio (vice-governador), Leonardo Prudente (presidente da Câmara Distrital do DF)", diz a nota do PSOL.

Confisco de bens

Na nota, o PSOL informa que entrará com uma ação na Justiça para pedir o confisco de bens dos envolvidos no suposto esquema de corrupção no DF.

"Enquanto tal medida não se efetiva, os movimentos populares por moradia deverão propor em suas Assembleias e instâncias deliberativas, ocupar todos os prédios e apartamentos da empresa de Paulo Otávio que estejam desocupados, como forma de ressarcimento dos prejuízos causados ao erário público pelo vice-governador", diz a nota.

Denúncias

A Folha teve acesso a vários DVDs, entre os quais um que mostra Arruda recebendo dinheiro. O vídeo foi feito pelo então presidente da Codeplan (empresa do DF), Durval Barbosa --que era, até sexta-feira (27), secretário de Relações Institucionais de Arruda.

O secretário de Ordem Pública do DF, Roberto Giffoni, nega que o dinheiro seja propina. Em nota, Arruda e o vice-governador do DF, Paulo Octavio, negaram envolvimento no suposto esquema de mensalão na Câmara Legislativa local.

O dinheiro recebido por Arruda, segundo Giffoni, seria uma contribuição legal de campanha eleitoral para a compra de panetones.

Barbosa usou escuta ambiental e câmera escondida para flagrar as supostas negociações de Arruda e outros integrantes do Governo do Distrito Federal. Como Barbosa responde a uma série de acusações na Justiça, aceitou realizar as gravações com equipamentos da Polícia Federal em troca do benefício da delação premiada.

De acordo com despacho do ministro Fernando Gonçalves, que preside o caso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), uma das gravações de Barbosa mostraria Arruda oferecendo R$ 400 mil para a base aliada. Em outro trecho, Arruda teria ofertado outros R$ 200 mil para o mesmo destino --a base aliada. A PF investiga o objetivo do suposto mensalinho pago por Arruda a aliados.

e antecipação da eleição para governador do DF
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da Folha Online

O PSOL divulgou nota hoje informando que entrará amanhã com pedido de impeachment contra o governador José Roberto Arruda (DEM) na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O governador do DF é investigado por suposta participação num esquema de corrupção. O suposto esquema envolvia o pagamento de propina a parlamentares da base. O dinheiro viria de empresas que prestam serviços ao governo do DF.

Vídeo flagra presidente da Câmara do DF guardando dinheiro na meia; veja
Vídeo mostra governador do DF recebendo dinheiro
Veja a íntegra do inquérito contra o governador do DF

O PSOL informa que também pedirá o impeachment do vice-governador. Paulo Octávio (DEM). O partido pedirá ainda "a aplicação das penas cabíveis por esses crimes, além de propor o afastamento de todos os parlamentares distritais envolvidos no esquema de corrupção comandados pelo governador Arruda".

Enquanto não entra com o pedido de impeachment, o PSOL exige a "imediata renúncia de Arruda e de todos os envolvidos no esquema fraudulento".

Na nota, o PSOL informa que pedirá a antecipação das eleições para governador do DF, pois a linha de sucessória de Arruda também estaria envolvida com o esquema de corrupção.

Pela Constituição Federal, o vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octavio (DEM), deve assumir o mandato num eventual impeachment de Arruda. Octavio, porém, também é mencionado em gravações da Polícia Federal como suposto participante do esquema de pagamento de propina por ser proprietário da construtora Conbral --acusada de repassar dinheiro para os envolvidos.

Nesse caso, o presidente da Câmara Legislativa do DF, Leonardo Prudente (DEM), teria que assumir o mandato, mas ele também é citado como suposto participante do esquema.

Se o vice-governador e o presidente da Câmara forem declarados impedidos de assumir o cargo num eventual impeachment de Arruda, a OAB afirma que o presidente do Tribunal de Justiça do DF teria que assumir temporariamente o cargo até que sejam realizadas novas eleições para a escolha do governador.

Mas a Lei Orgânica do DF diz que nesse caso quem assume é o vice-presidente da Câmara, o deputado distrital Cabo Patrício (PT).

"Estaremos recolhendo assinaturas entre a população para pedir o impeachment de Arruda e de todos os denunciados no esquema criminoso, além de exigir a antecipação das eleições no Distrito Federal, uma vez que toda a linha sucessória do poder local está envolvida na podridão: Arruda (governador), Paulo Otávio (vice-governador), Leonardo Prudente (presidente da Câmara Distrital do DF)", diz a nota do PSOL.

Confisco de bens

Na nota, o PSOL informa que entrará com uma ação na Justiça para pedir o confisco de bens dos envolvidos no suposto esquema de corrupção no DF.

"Enquanto tal medida não se efetiva, os movimentos populares por moradia deverão propor em suas Assembleias e instâncias deliberativas, ocupar todos os prédios e apartamentos da empresa de Paulo Otávio que estejam desocupados, como forma de ressarcimento dos prejuízos causados ao erário público pelo vice-governador", diz a nota.

Denúncias

A Folha teve acesso a vários DVDs, entre os quais um que mostra Arruda recebendo dinheiro. O vídeo foi feito pelo então presidente da Codeplan (empresa do DF), Durval Barbosa --que era, até sexta-feira (27), secretário de Relações Institucionais de Arruda.

O secretário de Ordem Pública do DF, Roberto Giffoni, nega que o dinheiro seja propina. Em nota, Arruda e o vice-governador do DF, Paulo Octavio, negaram envolvimento no suposto esquema de mensalão na Câmara Legislativa local.

O dinheiro recebido por Arruda, segundo Giffoni, seria uma contribuição legal de campanha eleitoral para a compra de panetones.

Barbosa usou escuta ambiental e câmera escondida para flagrar as supostas negociações de Arruda e outros integrantes do Governo do Distrito Federal. Como Barbosa responde a uma série de acusações na Justiça, aceitou realizar as gravações com equipamentos da Polícia Federal em troca do benefício da delação premiada.

De acordo com despacho do ministro Fernando Gonçalves, que preside o caso no STJ (Superior Tribunal de Justiça), uma das gravações de Barbosa mostraria Arruda oferecendo R$ 400 mil para a base aliada. Em outro trecho, Arruda teria ofertado outros R$ 200 mil para o mesmo destino --a base aliada. A PF investiga o objetivo do suposto mensalinho pago por Arruda a aliados.

Por Outro São Paulo

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O Movimento Outro São Paulo nasce para aproximar iniciativas de resistência de todo estado, somando esforços e trocando experiências para uma alternativa política ampla que se confronte com este projeto desumano do governo paulista.

Outro São Paulo! Outra política é possível. Outro estado é necessário.

Ato de lançamento do movimento "Outro São Paulo"

DIA: 04/12 - 19h


presenças:


* Lideranças nacionais e representantes de diversas entidades e movimentos sociais paulistas


* Deputado Carlos Giannazi


* Deputada Luciana Genro


Local: Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo

Auditório Teotônio Vilela

Av. Pedro Álvares Cabral, 201. São Paulo – SP (em frente ao Parque do Ibirapuera)