sábado, 20 de junho de 2009

Solidariedade aos indígenas do Peru

Na manhã desta quarta-feira, dia 17, entidades, organizações e movimentos sociais se manifestaram em frente ao Consulado do Peru, no Rio de Janeiro. Os manifestantes se concentraram na frente do prédio e foram recebidos pelo Cônsul-Geral adjunto, Carlos Tavera, que recebeu o documento assinado pelas entidades. Este ato foi uma demonstração de repúdio à violência do Governo Peruano e de solidariedade aos povos indígenas amazônicos deste País.

O Cônsul se comprometeu a intermediar o diálogo com a embaixada e a transmitir o documento ao governo peruano. “Lutamos por uma integração justa e democrática da América Latina e todo governo que extrapola e que retira direitos das minorias deve rever sua posição. Por isso, viemos pedir a abertura de diálogo para evitar atos de violência como esse que acontece no Peru”, explicou o advogado e diretor de Direitos Humanos da Casa da América Latina, Modesto da Silveira.

Também esteve presente o presidente do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Jefferson Moura. Ele afirmou que é fundamental a solidariedade das organizações de esquerda. “Esta é uma luta que vai além, uma luta pela resistência latino-americana. Somos companheiros de luta de uma mesma causa. O PSOL de solidariza e se une à voz dos povos do mundo para condenar o massacre dos nossos irmãos indígenas peruanos”.

Há pelos dois meses, os campesinos estão sofrendo forte repressão do governo Peruano, enquanto as forças conservadoras encasteladas querem incluir as regiões de “desenvolvimento sustentado” no Tratado de Livre Comércio (TLC), aprovado via decreto, sob exigência dos EUA. Desde então, a perseguição por lideranças indígenas aumentou. A intransigência do governo Alan García, em aliança com setores mais retrógrados e conservadores, tem fechado as portas para o diálogo e aberto o caminho para o genocídio. Este massacre coloca na ordem do dia, em particular aos povos pan amazônicos, a solidariedade e a coordenação da luta pela defesa da maior área de biodiversidade e reservas aqüíferas de todo o planeta. Solidária à causa, a Casa da América Latina em conjunto com outras entidades promoveu o Ato de Repúdio ao Presidente do Peru, Alan García.

“Esse gesto feito por brasileiros internacionalistas demonstra a importância da integração dos movimentos sociais e progressistas da América Latina e, certamente, tem efeito multiplicador. É bom lembrar que o Peru é um dos únicos dois países com governos de direita, além dele, temos a Colômbia, enquanto podemos considerar os demais governos como progressistas ou de esquerda. Essa luta estreita as relações com os países e orienta a unidade dos movimentos contra o imperialismo”, disse Ivan Pinheiro, vice-presidente da Casa da América Latina.

Estiveram presentes: IPDH; João Luiz Pinaud-RAMA-RJ; MST; CECAC; FIST; PSOL; PCB; Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro; Pastor Mozart Noronha- Pastor Luterano; Modesto da Silveira- Dirigente nas Causas dos Direitos Humanos; MT; CENTRO CULTURAL JOSE MARTÍ; COMITÊ DE SOLIDARIEDADE AO POVO DA PALESTINA; Coletivo de Mulheres Ama Montenegro; UJC.


Solidariedade com os Povos Indígenas Amazônicos do Peru

No dia 5 de junho, dia Mundial do Meio-Ambiente, o governo de Alan Garcia desencadeou um brutal massacre na cidade de Bagua, na Amazônia peruana, matando mais de 30 indígenas. Há três meses os povos indígenas se mobilizam contra os decretos do governo peruano que colocou a venda a Amazônia permitindo uma exploração arbitrária de minerais e petróleo. Isto faz parte do acordo de livre comércio que o governo peruano realizou com os Estados Unidos.

A intransigência do governo de Alan Garcia, em aliança com os setores mais retrógrados tem fechado as portas para o diálogo e aberto o caminho do genocídio, não escutando inclusive instituições nacionais como a Defensoria Pública, que comprovou a inconstitucionalidade dos decretos legislativos emitidos para implementar o Tratado de Livre-Comércio com os EUA.

O PSOL se solidariza e se une à voz dos povos do mundo para condenar a massacre de nossos irmãos indígenas peruanos, por parte das forças policiais do governo lacaio do imperialismo, reacionário, fascista do Alan Garcia. Defendemos o fim das perseguições ao líder indígena Alberto Pizango - líder da AIDSEP - Agencia Interétnica de Desenvolvimento da Selva Peruana.

Este massacre feito com toda premeditação teve a intenção de calar as vozes que protestam e pressionam pela anulação dos nove decretos, assinados no marco do Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos, para entregar os bosques, água, hidrocarbonetos e todos os recursos naturais da Amazônia às transnacionais. Este massacre coloca na ordem do dia, em particular aos povos pan amazônicos a solidariedade e coordenação da luta para a defesa da maior área de biodiversidade e reservas aqüíferas de todo o planeta.

O PSOL se solidariza e se une à voz dos povos do mundo para condenar a massacre de nossos irmãos indígenas peruanos por parte das forças policiais do governo de Alan García. Exigimos o fim do toque de recolher e do estado de emergência em vigor em quase toda a selva peruana.

O PSOL se soma as vozes internacionais e se soma ao dia 11 de junho, data fixada pela Coordenadora Andina de Organizações Indígenas como dia de manifestações contra este massacre, atos públicos de repúdio em nosso país.

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