
Após a apresentação, Hélio Ázara de Oliveira (pesquisador do IFCH/Unicamp) deu abertura ao costumeiro e gostoso debate do Cine-Club do MIS. Ele falou da importância do autor e também desta obra do Cinema Novo que foi filmada nas vésperas do Golpe Militar de 64. E, portanto, marcada pelo sentimento de esquerda da época de dar voz ao povo brasileiro. Mostra importantes símbolos da cultura e da luta de classe nordestina no período: o vaqueiro, o coronel, a igreja corrupta, o beato e santo Sebastião, o matador (Antônio Matador - Dragão da Maldade) e o Cangaceiro (Corisco - Guerreiro do Céu).
Na sequência o fotógrafo Waldemar Lima falou como foi trabalhar com Glauber e fazer a fotografia do filme. Ressaltou que Glauber tinha a preocupação da fotografia ser parte do roteiro, estar dentro do significado da arte, ao contrário de outros diretores que usam a fotografia para dar glamour ao filme. Portanto a fotografia de "Deus e Diabo na Terra do Sol" dialoga com o contexto social do povo brasileiro, incentivando o telespectador a se sentir parte da dura realidade do sertão e da Caatinga Brasileira.
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