Hoje, às 7hs da manhã, teve início o ato em frente à transnacional Syngenta, em Paulínia. Líderes do MST reuniram companheiros de vários movimentos -- Conlutas, MTST --, sindicatos -- dos químicos unificados, dos metalúrgicos -- e partidos -- PSOL e PSTU -- para um ato de indignação pelo assassinato do membro da Via Campesina, Valmir Mota de Oliveira, 42 anos. Além deste caso, os membros do MST denunciaram e continuam denunciando o cultivo ilegal de sementes transgênicas da Syngenta.
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Entenda o caso
Histórico -- o campo de experimento da Syngenta havia sido ocupado pelos camponeses em março de 2006 para denunciar o cultivo ilegal de sementes transgências de soja e milho. A ocupação tornou os crimes da transnacional conhecidos em todo o mundo. Após 16 meses de resistência, no dia 18 de julho deste ano, as 70 famílias desocuparam a área, se deslocando para um local provisório no assentamento Olga Benário, também em Santa Tereza do Oeste (PR).
Assassinato -- No dia 21/10/2007, por volta das 13h30, o acampamento da Via Campesina, no campo de experimentos transgênicos da Syngenta, em Santa Tereza do Oeste (PR), foi atacado por uma milícia armada. No massacre, o militante do MST e membro da Via Campesina, Valmir Mota de Oliveira, 42 anos (conhecido como Keno), foi executado à queima-roupa com dois tiros no peito. Os trabalhadores Gentil Couto Vieira, Jonas Gomes de Queiroz, Domingos Barretos, Izabel Nascimento de Souza e Hudson Cardin foram gravemente feridos.
Fonte: comunicação MST
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Requião diz que Syngenta nunca foi bem-vinda no Paraná
Roberto Requião disse que o MST pretendia fazer uma ocupação rápida, mas o ato terminou na execução de um integrante do MST. Ele comparou a ação das milícias contratadas pelos fazendeiros com o filme Tropa de Elite.
Fui informado pela Polícia Civil que um manifestante foi executado. Ele foi colocado de joelhos e executado com um tiro na nuca. Isso nos remete à violência de milícias como a apresentada no filme Tropa de Elite. Essas empresas de capital estrangeiro acham que podem vir para o Brasil e fazer o que quiserem, mas aqui no Paraná, não", afirmou ele. " Aqui estas ações de extermínio serão punidas com rigor pela lei. Eu já ordenei ao Secretário de Segurança do Estado que envie à Cascavel três delegados que irão cuidar das investigações, para que não haja interferências locais no caso".
Fonte: Rádio CBN
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Cláudia, líder do MST, explicou o caso do companheiro assassinado e fez denúncias contra o cultivo de sementes transgências pela Syngenta: "Vocês vêm para o Brasil fazer experiências ilegais com sementes transgênicas e prejudicam nossos agricultores e, mais ainda, também a nossa população! E contratam empresas para bater nos nossos trabalhadores. Vocês estão mais para 'Sujenta'!".
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