Cerca de 600 pessoas participaram no último sábado (14 de março) de um ato nos municípios de Ribeira/SP e Adrianópolis/PR contra a construção da Usina Hidrelétrica de Tijuco Alto. O ato fez parte da jornada que marca o Dia internacional de luta contra as barragens, em defesa dos rios e pela vida.
O ato também foi em comemoração aos 20 anos de resistência da população contra a barragem, que é pleiteada pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA), empresa do Grupo Votorantim e contou com várias organizações locais e nacionais, ONG's, ambientalistas, religiosos, sindicatos, MST, MAB, CPT, Assembléia Popular, e outros.
A atividade iniciou às 10 horas da manhã na praça central de Ribeira. De lá, os manifestantes seguiram até a ponte sobre o Rio Ribeira onde foram feitas vários pronunciamentos contra a UHE Tijuco Alto. Depois os manifestantes seguiram até o ginásio municipal de Adrianópolis, onde grupos locais e regionais fizeram apresentações artísticas e culturais.
Em novembro do ano passado, o vale do Ribeira sofreu um duro golpe do Governo Federal que, por decreto, autorizou a destruição de cavernas no Brasil. Nesta região existe uma série de grutas e cavernas preservadas e que, até então, por impediam a construção das barragens.
Na semana passada, o procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, ajuizou, no Supremo tribunal Federal, uma Ação Direta da Inconstitucionalidade contra o decreto assinado pelo Presidente Lula: "O patrimônio espeleológico foi, mediante singelo decreto, absolutamente suprimido", afirma o procurador-geral, na ação. Segundo ele, o decreto "toma para si o papel de traçar o regime de exploração desses espaços, adotando critérios não-determinados pela comunidade científica para, pretensamente, eleger os sítios que devam, ou não, ser preservados".
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