O presidente venezuelano, Hugo Chávez, ordenou esta quarta-feira(04) ao ministério da Agricultura e Terras iniciar o processo de expropriação da empresa transnacional estadunidense Cargill, que está sendo acusada de violar as leis do país que garantem o acesso da população a alimentos baratos e de qualidade.
A ordem foi dada pelo presidente em uma reunião de conselho de ministros em Miraflores, onde deu instruções ao ministro do Poder Popular para a Agricultura e Terras, Elías Jaua, para expropriar a empresa pela “violação flagrante” das normas estabelecidas nas leis.
A empresa estadunidense foi flagrada distribuindo produtos alimentícios como: azeite, arroz, farinha, pasta, açúcar, café, leite, margarina, levadura e produtos para animais domésticos, a preços acima dos regulados pelo Executivo.
“Inicie-se o processo expropriatório da Cargill, também com investigação judicial, porque é uma violação flagrante a tudo o que temos feito”, orientou o presidente. “Preparem o decreto e vamos expropriar a Cargill”, insistiu.
Cumprimento da lei
Chávez também advertiu a empresa nacional Alimentos Polar que pode expropriá-la caso continue a descumprir as leis atuais.
“ Senhor (Lorenzo) Mendonza (presidente da empresa Polar), se você quer brigar com o governo, você verá, e não é com o governo, é com a lei”, advertiu o presidente.
Além disso, acusou a empresa de “mentir descaradamente” à população quando qualificam de “atropelo” a medida governamental de inspecionar suas fábricas processadoras de arroz.
O presidente venezuelano também alertou produtores privados de arroz e outros produtos essenciais, que se não cumprirem a lei e continuarem a campanha de mentiras, poderá começar a expropriar as empresas que sejam necessárias.
“O governo revolucionário não de deterá em matéria de segurança alimentaria”, advertiu o chefe de Estado.
Chávez também ressaltou que a produção de arroz passou de 83% (em 1998) a 94% (em 2008) graças a todos os esforços multifatoriais que o governo tem realizado nesta área.
Também fez um chamado a todas as empresas privadas de produção alimentar para que se somem às políticas governamentais, para assim conseguir entre todos uma Venezuela capaz de exportar todos os seus produtos. (com Telesur e ABN)
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