sábado, 15 de setembro de 2007

"A primeira reação pública à idéia de retomar Lenin é, obviamente, uma risada sarcástica. [...] Lenin - não, você não pode estar falando sério! [...] O problema desse argumento [...] é que ele endossa de maneira simplista a imagem herdada do sábio revolucionário [...]. Mas, e se houvesse outra história a ser contada sobre Lenin?"
Slavoj Zizek, prefácio de "às portas da revolução"

No Brasil, falar de política é, em muitos casos, motivo de piada. Falar de partidos então, quando não é ultrapassado, é perda de tempo. De partidos de esquerda, meu Deus! Em que século vocês pararam? Se incluir a juventude nesta profusão de assuntos tão "fora de propósito" das duas uma: ou o cenário torna-se calamitoso e, por esta via, indiscutível em qualquer âmbito; ou o fato de ser "juventude" explica o despropósito das questões levantadas, afinal juventude de hoje é "rebelde sem causa" em absoluto e ponto final.

E se eu te disser que, sim, há uma outra história a ser contada?

Uma história de juventude que
1) trata de política com seriedade
2) acredita e realmente luta para que a sociedade comece sua transformação pela via partidária
3) tem consciência e maturidade esquerdista para atuar ciente das transformações da sociedade e, mais do que isto, não perde de vista as velhas estruturas que ainda estão incutidas no seio das relações sociais atuais.

Quando passar esta vontade primária de risadinhas sarcásticas, de clichês básicos sobre aquilo que um dia você ouviu falar sobre o comunismo, das pedras ignóbeis atiradas aos estereótipos de esquerda, dos discursos enlatados para desacreditar a militância política séria e comprometida, você poderá compreender a existência, ou melhor, a história que este blog veio contar.

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