segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

PSOL Campinas apóia ocupação do MST na Syngenta

Militantes do partido estavam presentes na ocupação feita hoje pelo MST na fábrica Syngenta, em Paulínia

O ato faz parte da jornada de lutas em reação à atitude violenta da Syngenta contra o companheiro Keno, que foi morto pela milícia armada da fábrica, no Paraná.
Às 8hs da manhã, os integrantes do movimento ocuparam a fábrica e obtiveram o apoio dos trabalhadores presentes. Ao longo do dia, a imprensa e a polícia estiveram no local. O PSOL, PSTU, MTST, Sindicato dos químicos, dos metalúrgicos e a Intersindical também estavam presentes para apoiar os companheiros nesta luta.

Paralisação
Toda a produção foi parada e as máquinas desligadas. A organização do movimento dialogou com os trabalhadores presentes e as caldeiras -- que não podem ser desligadas de imediato -- foram desativadas responsavelmente.

Organização
Durante toda a ocupação, os integrantes mantiveram a organização e a coerência da luta. Todos respeitaram os limites impostos pelos líderes, faixas com os dizeres dos motivos da ocupação foram espalhadas por toda a fábrica e uma mística para lembrar a morte do companheiro Keno foi realizada: "Ao companheiro Keno, nenhum minuto de silêncio, mas sim uma vida inteira de luta".
O grupo de ocupação foi formado por aproximadamente 500 militantes, três assembléias foram realizadas e as discussões divididas pelas regionais.

Desocupação
Em assembléia, os líderes do movimento sem-terra decidiram desocupar a fábrica por volta das 16hs. Segundo eles, o objetivo político já havia sido alcançado. A desocupação foi feita de forma pacífica: os militantes entoaram o hino do movimento e todos saíram em marcha atrás da bandeira do MST e da Via Campesina.

Os militantes do PSOL/Campinas acompanharam e apoiaram a ocupação até o fim e deixaram claro seu apoio às lutas do MST. Afinal, "na luta por justiça, somos todos companheiros".

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