Mais uma vez a humanidade é surpreendida com uma ofensiva militar do Estado Terrorista de Israel contra o heróico povo palestino. Mais uma vez a pátria das oliveiras é atacada.
A invasão militar da Palestina pelos sionistas israelenses semeia, desde 1947/1948, o ódio, a violência e a discórdia na região. Rios de sangue jorram constantemente nas ruas de Gaza, Nablus, Ramallah e outras cidades Palestinas. Milhares de mortos, milhares de torturados, milhares de presos.
Em 2002, fizemos chegar a bandeira do MST em Ramallah, no quartel-general da Autoridade Nacional Palestina-ANP. Entregamos nossa bandeira nas mãos de Yasser Arafat, e presenciamos a destruição da sede da ANP pelo exército de Israel. Ali, diante da poeira das bombas sionistas, reafirmamos nosso compromisso de defender a luta do povo palestino.
Também participamos, junto com a Via Campesina, das manifestações do "Dia da Terra" e do Fórum Social Palestino.
Em 2007, em nosso V Congresso, 18 mil trabalhadores e trabalhadoras sem terra manifestaram novamente nosso apoio à causa palestina.
A cada ano uma cidade destruída por Israel, um vilarejo, um bairro, várias casas, prédios, centenas de oliveiras. A cada ano mais prisões, torturas e mortes de homens, mulheres, jovens, idosos, crianças palestinas.
O que faríamos se algum governo colonialista e invasor de nossa pátria destruísse nossas casas, matasse nossos filhos, torturasse nossos parentes, prendesse nossos amigos? E se isso acontecesse todos os dias durante sessenta anos? De 1948 a 2008, sessenta anos de dor, sofrimento e injustiças.
Enquanto milhares de pessoas no mundo se preparam para encontrar/reencontrar seus familiares para as festas de final de ano, centenas de palestinos em Gaza não terão festas, nem comemorações.
Muitos palestinos de Gaza não poderão abraçar seus filhos na noite de 31 de dezembro, não poderão abraçar os pais, pois filhos e pais engrossam as estatísticas dos mortos nos bombardeios dos últimos dias. Muitas famílias não terão o direito de enterrar seus mortos, pois os corpos foram despedaçados pelas bombas ou ainda estão desaparecidos no meio dos escombros.
Famílias inteiras destruídas. Mais de 360 mortos, mais de 1500 feridos.
Alguns pedem aos palestinos: "calma", "paciência"! Outros falam em cessar a violência de "ambos os lados"!
Nós, do MST, pedimos aos palestinos: continuam lutando, continuem resistindo, com todas as suas forças, pois vocês são para nós tudo aquilo que a humanidade construiu de melhor, vocês palestinos representam com sua luta os mais íntegros e dignos sentimentos humanos, vocês são a prova viva de que é possível enfrentar o imperialismo em condições muito desfavoráveis e, ainda assim, vencer.
Companheiros e companheiras de Gaza, palestinos e palestinas que sonham e combatem pelo seu direito à autodeterminação nacional, enquanto existir uma única pedra, uma única oliveira, uma única criança, haverá esperança e haverá continuidade da luta.
Continuem existindo, pois sua existência, depois de sessenta anos de genocídio, só reafirma nossa certeza de que nada, nem ninguém, pode deter a marcha de um povo pela sua libertação.
Também reafirmamos que o povo palestino tem o direito de se defender diante do genocídio praticado pelo governo de Israel.
Enquanto terminamos este texto, vemos notícias de protestos de trabalhadores, estudantes, jovens, organizações sociais que, em Israel, estão se mobilizando contra o governo e a classe dominante daquele país. Esta aliança entre trabalhadores de todo o mundo é a nossa mais poderosa arma contra o sionismo/imperialismo.
Expressamos mais uma vez nossa admiração e respeito pela resistência palestina, nas suas diversas expressões políticas e ideológicas.
Que a unidade nacional de todas as forças populares, democráticas e anti-imperialistas da Palestina consiga derrotar mais uma vez o agressor sionista.
Estamos e estaremos juntos e vigilantes, agora e durante todo o próximo ano, fortalecendo nesta luta prolongada a solidariedade com o povo palestino.
VIVA A LUTA DO POVO PALESTINO!
DEFENDER GAZA DE MAIS ESSA AGRESSÃO SIONISTA/IMPERIALISTA!
MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA-MST/BRASIL
Nenhum comentário:
Postar um comentário