sábado, 17 de janeiro de 2009

Venezuela expulsa embaixador de Israel por ofensiva em Gaza

Governo informa que medida 'reafirma sua vocação de paz e exigência de respeito ao direito internacional'

CARACAS - O governo da Venezuela decidiu expulsar nesta terça-feira, 6, o embaixador de Israel no país e parte do corpo diplomático israelense na Venezuela, "reafirmando sua vocação de paz", informou a chancelaria. "O governo da República Bolivariana da Venezuela decidiu expulsar o embaixador de Israel e parte do pessoal da Embaixada de Israel na Venezuela, reafirmando sua vocação de paz e sua exigência de respeito ao direito internacional", diz um comunicado da chancelaria venezuelana, difundido pela emissora estatal de televisão.
Ainda nesta terça, o presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou que o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, e o presidente dos Estados Unidos, George W.Bush, deveriam ser levados ao Tribunal Penal Internacional pela "barbárie" que comentem com os ataques armados à Faixa de Gaza."O governante de Israel deveria ser levado ao Tribunal Penal Internacional junto com o presidente dos Estados Unidos se houvesse vergonha neste mundo", declarou Chávez durante uma visita a um hospital infantil em Caracas.
O líder venezuelano reiterou que sua administração repudia o "massacre que o governo assassino de Israel" executa contra palestinos indefesos. "Como é covarde o Exército de Israel por atacar um povo rendido e inocente; e ainda se justifica dizendo que está defendendo seu povo!", afirmou.Além disso, Chávez pediu mais uma vez que "o povo de Israel se levante contra esse governo (dirigido por Olmert)". "Torço para que a comunidade judaica venezuelana se pronuncie contra esta barbárie. Vocês não rejeitam firmemente qualquer ato de perseguição? Não rejeitam o que aconteceu com os judeus no Holocausto? E o que estamos vendo agora? Façam alguma coisa. Sejam justos!", manifestou Chávez.
Ele reiterou seu pedido "ao mundo para deter esta loucura", e afirmou também que seu governo tenta "fazer uma ponte aérea" com aliados no Oriente Médio para distribuir alimentos, remédios e água na área de conflito.
O presidente venezuelano sustentou ainda que a Venezuela defende a paz, e que seu governo olha para todos os povos do mundo, incluindo o palestino e o judeu. "Aqui (na Venezuela) vive uma comunidade palestina que adoramos, como a todos os povos do mundo. Também adoramos os judeus", disse.
Mais de 600 pessoas morreram e outras 2.600 ficaram feridas em Gaza desde o início da ofensiva israelense, em 27 de dezembro. (Agências EFE e Associated Press)

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