sexta-feira, 2 de maio de 2008

O orgulho do primeiro de maio boliviano

Exatos dois anos após declarar a nacionalização do Gás na Bolívia, Morales avança e proclama novamente o enfrentamento ao imperialismo internacional ao nacionalizar uma empresa de telecomunicações e 3 empresas petrolíferas. E, maravilhosamente, o faz numa data tão importante para a classe trabalhadora. O seu dia maior de luta: o primeiro de maio. Longa vida a Revolução Bolivariana! Longa vida a Revolução Multietinista do povo boliviano!

Reportagem:
01/05/2008 - 15h28
Morales nacionaliza três petrolíferas e companhia telefônica Entel

EFE
Em La Paz

O presidente da Bolívia, Evo Morales, nacionalizou hoje por decreto três petrolíferas, que possuíam participação de investidores britânicos, peruanos e alemães e a companhia telefônica Entel, filial da multinacional italiana Telecom.

Com os decretos promulgados por Morales em um ato na Plaza Murillo, em La Paz, o Estado boliviano passa a controlar 50% mais uma das ações da Chaco, do grupo British Petroleum (BP), e da Transredes, controlada pela britânica Ashmore e a anglo-holandesa Shell.
Além disso, o Estado também adquire 100% do capital da Companhia Logística de Hidrocarbonetos, que estava em mãos de investidores peruanos e alemães, e da telefônica Entel, filial de Telecom.

Os anúncios feitos hoje pelo líder coincidem com o segundo aniversário da nacionalização dos hidrocarbonetos que ele mesmo decretou em 1º de maio de 2006 e que, para os críticos, é uma simples reforma tributária.

A negociação para recuperar o controle das três petrolíferas mencionadas e de outra administrada por uma filial da hispano-argentina Repsol YPF começou há vários meses, mas o prazo definitivo para concretizar esse processo venceu na meia-noite de ontem.

Minutos antes de divulgar as novas nacionalizações, o Governo Morales e executivos da Repsol YPF assinaram um contrato, que prevê que o Estado boliviano recuperará o controle de sua filial Andina, cuja administração e gestão serão compartilhadas.

A surpresa do dia foi a nacionalização da Empresa Nacional de Telecomunicações (Entel), que possui 50% de participação da companhia telefônica Telecom.

Em janeiro de 2007, Morales anunciou a nacionalização da Entel, mas as negociações se estagnaram depois que a multinacional italiana apresentou um processo de arbitragem diante do Centro Internacional de Regra de Diferenças Relativas a Investimentos (Ciadi), que a Bolívia abandonou no ano passado.

"Tentamos dialogar e negociar com a Telecom. Os ministros fizeram muitos esforços", disse o chefe de Estado, ao justificar sua decisão.

Um comentário:

Anônimo disse...
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