A Mata Santa Genebra é protegida por lei federal, estadual e municipal. A Fundação José Pedro de Oliveira foi criada para proteger e conservar a Mata. A presidência desta fundação tem status de secretário do município de Campinas e tem como presidente o Sr. Mamizuka, chefe da campanha eleitoral do atual prefeito.
As entidades Condepacc (Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas) e Comdema (Conselho Municipal de Meio Ambiente), constantemente sofrem investidas do executivo municipal para colocação de seus partidários nas posições de conselheiros e dirigentes. A política local não está preparada para ter censura ou vetos. Na verdade, estas entidades são utilizadas para dar sustentação às pretensões pouco ou nada ecológicas da Prefeitura. O atual prefeito conta com a aprovação de mais de 50% da população do município, mas apenas 5% (que é o índice nacional nas grandes cidades) se preocupam com o meio ambiente, como conseqüência, o caminho fica aberto para as especulações. A decisão do CONDEPACC foi presidida pelo Secretário Francisco de Lagos.
A Mata Santa Genebra tem sofrido invasões, a cerca está cortada e recentemente a Secretaria de Cultura aprovou verba para aulas de artesanato com o cipó da mata preservada. Os animais estão desaparecendo, restando apenas os macacos. A região brejeira é essencial para sua sobrevivência, mas a especulação imobiliária é muito forte e prevalece onde a cultura não é voltada para a preservação das espécies. Para preservar a mata e a região brejeira é necessário investimento e, em nossa cultura, não há dinheiro para isto - dá menos votos que outros investimentos. Como a pressão imobiliária é grande e alguma coisa precisa ser feita, as alternativas são acordos paliativos e insuficientes que beneficiam mais os outros do que a mata.
Segundo ambientalistas, o loteamento será fatal ao patrimônio biológico da reserva, porque é justamente no complexo de remanescentes florestais da Mata que estão as matas de brejo, nascentes, lagoas e várzeas. O fragmento é parte da Bacia do Ribeirão Quilombo.
Os lotes aprovados deverão ter, no mínimo, 500 metros quadrados, o gabarito de altura máximo das edificações será de até nove metros e a taxa de impermeabilização 25% da área do lote, mas os moradores de Barão Geraldo, cansados com o desrespeito das regras de utilização do solo e a inoperância da fiscalização, consideraram estas determinações uma piada de mau gosto.
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