quarta-feira, 2 de abril de 2008

01 de abril: o grande dia da verdade do povo

O ato foi um sucesso! A plenária da Casa Portugal em São Paulo lotou com a aguerrida militância que não se contenta com as mentiras do Governo Lula. Antes mesmo de começar, todos presentes ficaram arrepiados com a chegada dos companheiros do MTST em duas colunas de centenas de militantes puxando palavras de órdem como "Osso, Osso, Osso. O Lula é um mentiroso!" ou "Criar, criar, Poder Popular!".

Lá estavam presentes militantes do PSOL, do PSTU, da Intersindical, da Conlutas, das Pastorais, das CEBs, estudantes, sindicalistas de diferentes categorias, entre outras organizações. Na mesa havia a representação de diferentes setores políticos. Entre eles estavam: Dom Luis Capio (Bispo de Barras-BA), Waldemar Rossi (pastoral operária), Zé Maria (Conlutas), Heloísa Helena (PSOL) e Guilherme (MTST). Não estavam presentes, mas justificaram a sua ausência: Fabio Konder Comparato, Dom Paulo Evaristo Arns e Dom Pedro Casaldaliga.

Guilherme (MTST) denunciou a mentira de que a transposição tem como objetivo matar a sede do pobre nordestino, no seu projeto está claro que a prioridade são os latifundiários e o agronegócio. Também falou das mentiras do PAC que promete verba para habitação e que, na verdade, está voltada para infra-estrutura para a exportação e para as empreiteras da construção civil.

Heloísa Helena (PSOL) relata que a transposição do Rio São Francisco é um passo para a privatização da água, beneficia o agronegócio que produz frutas para exportação que nunca serão vistas nas mãos de uma criança pobre do sertão nordestino, algodão colorido, produção de camarão etc. Lembra, também, que esta obra foi uma promessa do Programa Avança Brasil de FHC e agora está sendo muito "bem" implementada pelo seu "rival" Lula.

Zé Maria (Conlutas) falou que a greve de fome do Bispo, serviu como um alerta e está acordando o povo brasiliero para esta e outras lutas.

O Bispo D. Luis Cápio falou que o problema do Nordeste, como do mundo, não se trata de falta de água, mas sim de má distribuição da água. É tão injusta a má distribuição da água na sociedade quanto é injusta a distribuição de terra e riquezas . Para poucos a água é mercadoria, para muitos ela é vida e necessidade concreta. Ninguém comenta, mas a transposição aumentará em muito o preço da água. Poucos poderão pagar e, mesmo assim, quem o fizer estará pagando a mais para subsidiar o consumo das empresas. De novo é o pobre colocando a mesa do rico.

Nas palavras de D. Luis Cápio: "a noite de ontem foi o grande dia da verdade do povo!". 1000 homens e mulheres se solidarizaram com os povos nordestinos contra as injustas políticas que aumentam a desigualdade social e a emploração destes trabalhadores.

Elcio Magalhães,  assessor da Vereadora Marcela Moreira

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