segunda-feira, 28 de abril de 2008

Estudantes do Chile protestam nas ruas contra reforma educacional e pelo passe-livre

Folha de São Paulo

Manifestações estudantis em várias cidades chilenas terminaram no dia 24 de abril de 2008 com 470 presos, segundo a imprensa local. A polícia usou gás lacrimogêneo e canhões d'água para conter os milhares de manifestantes, que marcharam na capital, Santiago, e em outras cidades.
Os manifestantes pediam passe livre no transporte e o "fim do lucro no sistema educacional" e protestavam contra o projeto da Lei Geral de Educação (LGE), enviado ao Congresso pela presidente Michelle Bachelet.
A LGE substituirá a Lei Orgânica Constitucional de Ensino (Loce), também combatida pelos secundaristas, mas os líderes do movimento alegam que o projeto foi idealizado "a portas fechadas" e não atende suas demandas.
A Loce, baixada durante a ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), municipalizou a escola pública e instituiu subsídios do governo a colégios particulares. O problema, segundo seus opositores, é que não há controle sobre os gastos.
Esta não é a primeira vez que os estudantes chilenos protestam contra a qualidade do ensino público. Em 2006, protagonizaram a chamada "revolta dos pingüins" (alusão ao uniforme, com casaco preto e blusa branca).

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