Após a reintegração de posse realizada na manhã desta sexta-feira, dia 11, manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) foram até a Prefeitura pressionar o poder público por habitação. Irredutível, a Prefeitura se negava a receber uma comissão do MTST. Em protesto, militantes do movimento continuavam acorrentados na escadaria da Prefeitura. “Moradia para os que mais precisam”; “Queremos casa para morar”: essas eram apenas algumas das frases dos cartazes que os manifestantes levavam em mãos. Demonstrando autoritarismo, a Prefeitura solicitou a reintegração de posse do Paço, mas o juiz da vara negou tal solicitação. Na mesma manhã, a ex-senadora e presidente nacional do PSOL, Heloísa Helena, veio pessoalmente a Campinas. Ao chegar à Prefeitura, Heloísa foi informada que não seria recebida pelo prefeito Hélio de Oliveira.
Acompanhada pela vereadora Marcela Moreira e o presidente municipal do PSOL e vereador, Paulo Búfalo, Heloísa Helena foi recebida pelo secretário de Cultura e Comunicação, Francisco de Lagos; o secretário de Assuntos Jurídicos, Carlos Henrique Pinto e o diretor do Procon, Anderson Gianetti. Após a conversa com os representantes, a Prefeitura aceitou conversar com o MTST. “Graças à vinda da Heloísa, conseguimos abrir um canal de interlocução com Prefeitura”, afirmou a vereadora Marcela. Depois das conversas, a maior vitória foi a seguinte: o compromisso da Prefeitura de enviar um ofício para a Caixa econômica e para a CDHU a fim de implementar um projeto habitacional na cidade. Também foram disponibilizados ônibus para levar as famílias e abrigo por cinco dias para aqueles que não têm para onde ir.
Ao fim foi realizada uma grande roda e um ato de desacorrentamento dos militantes. “Essa foi uma vitória que conseguiu pautar a questão da falta de moradia em Campinas”, completou a vereadora.
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